quarta-feira, 15 de abril de 2015

TARIFA

Conta de água poderá subir novamente

No programa Cidade Viva, do SJCC, presidente da Compesa, Roberto Tavares, afirmou que aguarda reajuste da Celpe para definir se repassará o gasto com a energia para o consumidor de água

Programa abordou os problemas hídricos do Estado / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Programa abordou os problemas hídricos do Estado

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Depois do aumento de 8,4% na conta de água em março, os pernambucanos podem se deparar em breve com um novo reajuste. A Compesa aguarda a  Celpe se pronunciar sobre a atualização da sua tarifa para saber se repassará a diferença para o consumidor ou se assumirá o prejuízo. Nesse último caso, mantendo o valor atual da tarifa de água, a companhia desviará recursos dos investimentos para cobrir o impacto com a energia. O assunto foi tratado pelo presidente da Compesa, Roberto Tavares, durante o programa Cidade Viva, que abordou  tema dos recursos hídricos do Estado. O programa foi transmitido pelos veículos do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (Rádio Jornal e Portal NE10).
“O aumento vai depender do tamanho da conta de energia e dos investimentos que estamos dispostos a cortar”, disse Tavares. O presidente não precisou a partir de qual percentual a Compesa repassará o reajuste para o consumidor. “Por exemplo, 10% é um aumento muito alto para quem já sofreu um reajuste”, acrescentou. A Compesa pagava por mês cerca de R$ 11 milhões de conta de energia. Com a tarifação da bandeira vermelha, o valor passou para R$ 14 milhões. Ainda este mês, a Celpe deve anunciar de quanto será o reajuste.
O racionamento de água na Região Metropolitana do Recife (RMR) e no interior também foi discutido. Durante o programa, foram exibidos depoimentos de moradores do Recife, Paulista e Itapetim (Sertão) reclamando da falta d’água.
Ontem, técnicos da Compesa estiveram em Caruaru para analisar o volume de água na barragem de Jucazinho, que caiu de 12% para 8% da sua capacidade. Após a compilação de dados, a Companhia  anunciará na próxima semana se a cidade retornará ao sistema de racionamento.
Para a RMR, Tavares citou o projetos de instalação de novas redes de distribuição em áreas de morro. A obra está em execução no Ibura, ao custo de R$ 50 milhões, e a Compesa pretende iniciar uma obra semelhante nos morros da Zona Norte do Recife, abrangendo locais como Alto José do Pinho, Alto do Mandu e Nova Descoberta. Esse último projeto está orçado em R$ 75 milhões e o Estado busca recursos junto ao Ministério das Cidades ou através de financiamento do Banco Mundial para executar.
SPC
Roberto Tavares anunciou, ainda, que irá rever o caso de clientes da Compesa que estão com o nome negativado por não pagarem contas de água, mas que o abastecimento não chega em casa. No entanto, não há uma regra única para os devedores. “Cada caso será analisado individualmente”, informou Tavares. Hoje, a inadimplência da Companhia é de 9%.
O Cidade Viva teve apresentação de Inês Calado, editora do Portal NE10, participação do presidente da Associação Águas de Pernambuco, Ricardo Braga, e do colunista Giovanni Sandes, da repórter Ciara Carvalho e do editor-assistente de Política Gilvan Oliveira, todos do Jornal do Commercio.

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