Apesar das chances criadas, Leão não conseguiu voltar a vencer na Série A. (Foto: Jédson Nobre/Folha PE)
RÔMULO ALCOFORADO/FOLHA PE
O Sport necessitava da vitória para se recuperar dos dois últimos maus resultados na Série A. Como perdera para Cruzeiro e Corinthians, o Leão queria voltar a vencer, nesta quarta-feira, na Ilha do Retiro, o Grêmio. Parou, no entanto, na sólida defesa dos gaúchos – mesmo tendo pressionado o adversário no fim da partida. O alento único para a torcida é que o Rubro-Negro, ao menos, não perdeu. O 0 x 0 não foi, claro, o ideal. Mas também não é razão para desespero.
O primeiro tempo começou melhor para o Leão. Nos três minutos iniciais, o Rubro-Negro chegou duas vezes com perigo. Ambas criadas pelo atacante Érico Júnior – que, surpreendentemente, foi um dos atletas mais produtivos do Rubro-negro enquanto esteve em campo. Na primeira chance, aos dois, ele entrou pela direita e chutou. Marcelo Grohe defendeu. Na segunda – um minuto depois-, ele chutou do mesmo lado para fora. Aos 11, Leonardo tentou duas vezes da entrada da área. Na primeira, a defesa do Grêmio rebateu. No rebote, ele chutou por cima.
Aos poucos, o ímpeto do Sport diminuiu. E o do Grêmio, por consequência, aumentou. A equipe gaúcha não chegou propriamente a dominar as ações do duelo em momento algum. Mas assustou o Leão em algumas ocasiões. Todas elas com o meia Alan Ruiz, melhor jogador do time no primeiro tempo , mas que caiu na segunda etapa. A mais clara delas aconteceu aos 23: o camisa 11 bateu da intermediária. A bola desviou na defesa e por muito pouco não engana Magrão.
Mesmo com o crescimento do Grêmio, o Sport não se limitou a marcar. O Leão também assustava o time dos pampas. Aos 37, por exemplo, Rithely soltou um petardo da intermediária e quase marcou.
Na volta para a segunda etapa, os times não mexeram. E mantiveram o panorama igualitário que havia até atenção. Mas o Grêmio chegou com muitíssimo perigo logo aos três minutos. O apagado meia Rodriguinho cobrou escanteio e Werley cabeceou sozinho. Magrão fez milagre, evitou sabe se lá como o gol, e a defesa completou o serviço, afastando o rebote.
O segundo tempo foi marcado pelos mesmos elementos do que o primeiro: equilíbrio, muita movimentação e oportunidades dos dois lados. Aos 14, Cruzamento na área do Grêmio. Páscoa tenta no primeiro pau, a bola desvia e Ferron tenta completar no segundo. Não faz, mas leva perigo. Nove minutos mais tarde, Mike – que entrara na segunda etapa, tentou um chute com pouco ângulo e quase marca. Marcelo Grohe, em ótima noite, segurou.
O Grêmio tentou ir para cima, sobretudo com a entrada do atacante Kléber Gladiador. Mas, depois de quase quatro meses afastado, o jogador estava visivelmente acima do peso. E pouco ajudou.
Nos minutos finais da partida, o Leão cresceu. E empilhou chances de gol. Principalmente com chutes perigosos de média distância. Wendel, Renê, Patric e Flores tentaram desta maneira. Grohe segurou todas – e garantiu os empate aos gremistas.