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Pernambuco terá aumento na conta de luz a partir de março
Celpe promoverá um reajuste de 2,2%, um dos menores do país
JC Online
Com informações da Agência Brasil
Também começa a valer na semana que vem os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permite a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com a Aneel
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
A partir da próxima segunda-feira (2), a conta de luz vai ficar mais cara para os consumidores pernambucanos. A revisão tarifária extraordinária para essas empresas foi aprovada hoje (27) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a Celpe vai sofrer um reajuste de 2,2%.
Os maiores aumentos serão para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%).
A distribuidora CEA, do Amapá, não solicitou a revisão tarifária. Já as empresas Amazonas Energia (AM), Boa Vista Energia e CERR (RR) não terão revisão tarifária porque não participam do rateio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e não estão no Sistema Interligado Nacional. A Ampla (RJ) também não passou pela revisão, porque seu processo tarifário ocorre em 15 de março, quando todos os efeitos serão considerados.
Os impactos da revisão serão diferentes conforme a região da distribuidora. Para as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste o impacto médio será de 28,7% e para as distribuidoras que atuam nas regiões Norte e Nordeste, de 5,5%. A diferença ocorre principalmente por causa do orçamento da CDE e da compra de energia proveniente de Itaipu.
Também começa a valer na semana que vem os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permite a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão extraordinária, as distribuidoras também passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da concessão.
Segundo a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como o orçamento da CDE deste ano, o aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu - por causa da falta de chuvas -, o resultado do último leilão de ajuste – que aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso de novas cotas de energia hidrelétrica. “No ano passado e este ano, o custo da energia elétrica tem sido realmente alto, porque o regime hidrológico não está favorável, temos despachado todas as térmicas, que têm um custo mais alto”, explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
A revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das distribuidoras, e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o equilíbrio econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas alterações significativas nos custos da distribuidora, como, por exemplo, modificações de tarifas de compra de energia, encargos setoriais e de uso das redes elétricas. Na tarde de hoje, a Aneel também aprovou o orçamento da CDE para este ano, que prevê repasse de R$ 22 bilhões para a conta dos consumidores de energia.
Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e a maior necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais cara.
Veja abaixo os percentuais de reajuste por distribuidora:
Celpe 2,20%
Cosern 2,80%
Cemar 3,00%
Cepisa 3,20%
Celpa 3,60%
Energisa PB 3,80%
Celtins 4,50%
Ceal 4,70%
Coelba 5,40%
Energisa Borborema 5,70%
Sulgipe 7,50%
Energisa SE 8,00%
CPFL Sta Cruz 9,20%
Coelce 10,30%
Mococa 16,20%
Ceron 16,90%
CPEE 19,10%
João Cesa 19,80%
Cooperaliança 20,50%
Eletroacre 21,00%
Santamaria 21,00%
Chesp 21,30%
CSPE 21,30%
CEEE 21,90%
Light 22,50%
CJE 22,80%
Ienergia 23,90%
CEB 24,10%
Elektro 24,20%
Celesc 24,80%
Bandeirante 24,90%
ENF 26,00%
Escelsa 26,30%
Cemat 26,80%
Energisa MG 26,90%
Eflul 27,00%
Eletrocar 27,20%
Celg 27,50%
DME-PC 27,60%
Enersul 27,90%
Cemig 28,80%
CPFL Piratininga 29,20%
EDEVP 29,40%
CPFL Paulista 31,80%
Hidropan 31,80%
CFLO 31,90%
Eletropaulo 31,90%
Forcel 32,20%
Caiua 32,40%
Demei 33,70%
Muxfeldt 34,30%
Cocel 34,60%
CNEE 35,20%
RGE 35,50%
Copel 36,40%
Uhenpal 36,80%
Bragantina 38,50%
AES Sul 39,50%
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