Compesa poderá usar volume morto em barragem do Grande Recife
Reservatório de Botafogo, em Igarassu, tem apenas 16% da capacidade.
Medida será tomada se não chover dentro dos próximos 30 dias.
Por causa da falta de chuva, a barragem de Botafogo, que fica em Igarassu e abastece quatro cidades da Região Metropolitana do Recife, está com apenas 16% da capacidade de armazenamento de água. O quadro é preocupante e, caso não chova nos próximos 30 dias, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai precisar usar o chamado volume morto do reservatório.
O volume morto é a parte da água que fica abaixo do nível de captação e que não seria usada em condições normais. Se o nível da barragem continuar baixando e chegar a 14%, não será mais possível usar os pontos de captação da água, e a Compesa terá que partir para essa solução extrema.
O volume morto é a parte da água que fica abaixo do nível de captação e que não seria usada em condições normais. Se o nível da barragem continuar baixando e chegar a 14%, não será mais possível usar os pontos de captação da água, e a Compesa terá que partir para essa solução extrema.
Os equipamentos para usar a água do volume morto já estão prontos e a previsão é de a operação comece entre 30 e 40 dias. “A qualidade [da água] é inferior, porém, com o tratamento mais adequado e eficiente, a gente consegue deixar no padrão de potabilidade normal, que nosso usuário pode usar normalmente”, informou o diretor regional da Compesa, Fernando Lobo.
Segundo Lobo, com o início do período chuvoso, previsto para abril, a situação da barragem deve ser regularizada. Mesmo assim, ele pede a ajuda dos moradores da Região Metropolitana. "A gente está numa época muito difícil, no terceiro ano consecutivo de seca. Se a população nos ajudar, evitando o desperdício e controlando a água de sua casa, com certeza ela estará colaborando conosco", comenta.
A barragem de Botafogo abastece Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima e, desde 1999, não atingia níveis tão baixos. O racionamento nesses municípios começou em dezembro do ano passado e varia de três a quatro dias sem água e apenas um de abastecimento.
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