quinta-feira, 12 de março de 2015

FESTA

Tudo pronto para o aniversário de Olinda e Recife

Cidades irmãs programam shows, corte de bolo e cortejos para festejar os 480 e 478 anos, respectivamente




Do JC Online

Olinda e Recife são unidas pela geografia, cultura e amor dos seus habitantes / Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Olinda e Recife são unidas pela geografia, cultura e amor dos seus habitantes

Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Chegou a hora dos cerca de 1,6 milhão de recifenses e 388 mil olindenses se programarem para soprar a vela de aniversário de suas cidades, que amanhã completam 478 e 480 anos, respectivamente. Cidadãos apaixonados, eles formam um contingente que não deixa de se deslumbrar com o legado histórico e cultural que ambas as cidades irmãs preservam ao longo do tempo, apesar dos problemas urbanos que vivenciam. Para brindar a longevidade marcada pela tradição, a programação de aniversário amanhã privilegia manifestações culturais que bem representam a identidade das aniversariantes, separadas apenas por sete quilômetros. 
De um lado, a primogênita Olinda orgulha os moradores com o título de mais antiga entre as cidades brasileiras declaradas Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). E a caçula Recife, que nasce de dentro d’água, desperta os olhares pelos rios que cortam a cidade em sinuosos movimentos. Mas pontos em comum entre as duas não faltam, a exemplo da tradição do frevo, que encanta moradores e turistas. 
Por sinal, para comemorar as idades novas, o ritmo será enaltecido na programação de amanhã (arte ao lado). Os diversos cortejos que tomam conta das ladeiras de Olinda serão marcados por orquestras e passistas de frevo, a partir das 16h. Também enraizado na capital pernambucana, o gênero musical e poético está entre os destaques da festa na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, a partir das 17h. 
É lá onde se reunirão artistas populares e manifestações culturais. Sobe ao palco ainda o cantor Lenine, que traz em suas composições influências de expressões culturais locais. A festa também conta com a apresentação dos maracatus de baque solto Piaba de Ouro e de baque virado Estrela Brilhante, além do cavalo-marinho Boi Matuto do Mestre Salustiano. Eles brilham durante as comemorações porque são expressões culturais que receberam do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em dezembro do ano passado, o título de Patrimônio Cultural Imaterial. 
Para comprovar que o Recife tem uma vocação multicultural, a festa também será marcada pela campeã Gigante do Samba – escola de Água Fria que, este ano, foi a campeã do concurso carnavalesco pela oitava vez consecutiva. 
Já no cortejo da Marim dos Caetés, o encanto fica por conta da boneca Olinda, a mais nova integrante do time dos gigantes. Morena, de lábios carnudos e com figurino rico em detalhes que fazem alusão à cidade, ela promete reinar entre 50 bonecos, durante desfile pelo Sítio Histórico, que sai do Alto da Sé rumo ao Palácio dos Governadores, sede da administração municipal. 

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