quarta-feira, 3 de junho de 2015

LEGISLATIVO

Governo do Estado responsabiliza gestão Dilma por obras paradas em Pernambuco

Em reunião da Comissão de Acompanhamento do PAC da Alepe, secretários dizem que projetos pararam por falta de recursos do governo federal


Terceira reunião da Comissão do PAC ouviu secretários executivos e dirigentes de pastas e empresas do Estado / Jarbas Araújo/Alepe

Terceira reunião da Comissão do PAC ouviu secretários executivos e dirigentes de pastas e empresas do Estado

Jarbas Araújo/Alepe

Com a totalidade das médias e grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de Pernambuco paradas gradualmente a partir de meados de 2014, o governo estadual responsabilizou, nesta terça-feira (2), de forma direta, a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) pelos atrasos e paralisações nos projetos de abastecimento, barragens, saneamento, corredores de BRTs e navegabilidade conveniados entre a União e o Estado. 
A atribuição da culpa ao governo federal foi feita por secretários executivos e dirigentes das áreas de Cidades, Desenvolvimento Econômico, Recursos Hídricos, Habitação, Compesa e Suape do governo Paulo Câmara (PSB), na reunião da Comissão Especial do PAC, criada pela Assembleia Legislativa para investigar obras paradas no Estado. Os secretários revelaram valores dos contratos e percentuais de execução das obras paradas.
Diante dos deputados da Comissão do PAC, o governo estadual admitiu a responsabilidade apenas pela paralisação em dezembro de 2014 (a obra está sendo retomada agora) de Serro Azul, em Palmares, Mata Sul, a maior barragem de um complexo para conter enchentes. A União repassou o total de seus 50% (R$ 200 milhões), mas o Estado não teve caixa para dar continuidade à obra.
“Serro Azul foi de fato recursos do Estado, as demais (obras) foi falta de recursos da União. O motivo hoje das paralisações é que faltam recursos da União”, repetiu o secretário executivo de Recursos Hídricos, Almir Cirilo.
Em meio a valores e percentuais de execução de obras nas diversas áreas, a oposição contestou dados, sugeriu que o formato era uma manobra do governo para confundir a comissão e pediu reuniões por temas específicos a partir de agora, o que foi aceito pelo presidente Miguel Coelho (PSB). 
“Tudo que ocorre no Estado agora é culpa do governo federal. Faltam recursos, mas há falhas de projetos e questões ambientais que param obras”, rebateu o líder da oposição, Sílvio Costa Filho (PTB). “Peço o engajamento da oposição para liberarmos recursos para essas obras”, apelou o vice-líder do governo, Lucas Ramos (PSB).

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