terça-feira, 21 de outubro de 2014

Lula diz que mesmo na oposição, Dilma não terá problemas com Paulo Câmara


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Aliados até novembro do ano passado, o PT e o PSB eram parceiros históricos na política. A entrada do partido socialista no campo da oposição, no entanto, não é vista como impedimento para o ex-presidente Lula (PT) quando o assunto é parceria. Em entrevista à uma rádio local na manhã desta segunda-feira (20), o petista disse que Dilma Rousseff (PT) não vai tratar Pernambuco de forma “desigual” caso seja reeleita. O governador eleito do estado Paulo Câmara (PSB) apoia a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República.
“Quando governamos o estado governamos de forma republicana. Se o governador gosta de ter relações, melhor. Ela sabe que ela tem que alavancar um pouco mais de recursos para investimento e educação para as regiões Norte e Nordeste, que são as regiões mais atrasadas. Não queremos tirar nada de nenhum estado brasileiro, queremos que o Nordeste recupere tudo que perdeu em séculos”, declarou.
O ex-presidente também destacou que o partido, em Pernambuco, ainda estuda o que deu “errado” nestas eleições. Basta lembrar que o PT não elegeu nenhum deputado federal no estado. O candidato ao Senado, o ex-prefeito do Recife João Paulo, que chegou a liderar pesquisas, também saiu derrotado. Lula, no entanto, fez questão de frisar que a disputa este ano foi atípica em virtude da morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), então candidato à Presidência da República, em agosto. O socialista era seu amigo pessoal.
“Acho que temos que considerar a eleição do governador uma coisa atípica, um momento de comoção muito forte, não aconteceria em situação normal, no Brasil inteiro, fez com que a eleição pendesse para um único lado”, ponderou. “Em Pernambuco, agora, o momento político fez com que as pessoas dissessem: não é tua vez, é do outro. Como as pessoas são muitos jovens, João Paulo era eleito senador de Pernambuco antes das eleições, houve um fenômeno que transgride os melhores sociólogos, ao invés de fazer disso um momento de sofrimento, vamos fazer um momento de aprendizado”, completou.


Do Diario de Pe

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