Horário de verão deve economizar R$ 278 mi
Nos últimos dez anos, o horário de verão possibilitou uma economia média de 4,6% no intervalo noturno de maior consumo de energia
Este ano, todos os Estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, incluindo o Distrito Federal, adotarão o horário diferenciado, totalizando 11 Unidades da Federação. Pelos cálculos do MME, adiantar os relógios em uma hora neste sábado nessas regiões reduzirá a demanda de energia do Brasil em 2.595 megawatts (MW) até 22 de fevereiro de 2015.
Durante os 126 dias em que o horário será aplicado, a redução de demanda na hora de ponta de carga deve ser de 1.975 MW no subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO) e de 625 MW no subsistema Sul. No caso do subsistema SE/CO, essa redução da demanda entre as 18h e 21h equivale a quase o dobro do consumo de Brasília nesse horário, enquanto o subsistema Sul deve economizar cerca de 75% da carga de Curitiba na mesma comparação.
De acordo com o MME, nos últimos dez anos, o horário de verão possibilitou uma economia média de 4,6% no intervalo noturno de maior consumo de energia. Nos últimos 15 anos, a média de duração do horário diferenciado foi de 121 dias, mas como o término da medida não pode coincidir com o feriado de Carnaval, a duração no Verão 2014/2015 será um pouco maior.
“Com o horário de verão, buscamos um melhor aproveitamento da luz do sol e consequentemente, um maior racionalidade no uso d eletricidade”, afirmou o secretário de energia elétrica do MME, Ildo Grüdtner. “Esperamos uma redução n consumo similar ao dos ano anteriores”, completou. Ele destacou que a economia proporcionada pelo horário de verão também poupa os reservatórios das usinas hidrelétricas - em 0,4% no sistema SE/CO e em 1,1% no Sul - e tem efeitos positivos na contas de luz.
O secretário, admitiu, no entanto, que apesar da duração este ano ser maior, a economia será menor que os cerca de R$ 405 milhões obtidos no último verão porque atualmente a geração térmica é maior. “Considerando um período hidrológico normal, estimamos uma economia de R 278 milhões com usinas térmicas que não precisarão ser despachadas no período. Além disso, evita-se a construção de novas térmicas a gás que demandariam investimentos de R$ 4,5 bilhões” concluiu.
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