terça-feira, 21 de outubro de 2014

Parentes de jovem que se afogou em Barra de Jangada reclamam de atuação de bombeiros

Profissionais teriam se recusado a entrar na água para resgatar adolescente

 Renata Coutinho, da Folha de Pernambuco

Lucas Melo/Folha de Pernambuco
Corpo foi encontrado um dia depois de desaparecer
Um adolescente foi encontrado morto, na manhã desta terça-feira (21), na praia de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. O estudante Tiago Costa Santos, de 15 anos, sumiu no mar na última segunda (20) depois de tentar buscar uma bola. Ele foi surpreendido pela correnteza e acabou se afogando. Como não há salva-vidas no trecho de praia, amigos tentaram resgatá-lo, mas não conseguiram. O cadáver foi encontrado perto do local onde houve o desaparecimento.
Populares chamaram os Bombeiros, mas segundo o pai do adolescente, Ednaldo Paulino, o socorro chegou tarde demais. Até mesmo o resgate do corpo foi demorado porque, de acordo com Paulino, os militares não mergulharam na água em busca do filho por conta da suspeita de risco de presença de tubarões. “Eles disseram que não tinham equipamentos. Como um bombeiro, que tem a função de resgatar vítimas, chega e diz que não tem condições de mergulhar por conta disso?”, questionou o pai da vítima.
Conforme informações repassadas pelo comando do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) dos Bombeiros, uma equipe tática de mergulho foi acionada para procurar o corpo do jovem, mas uma avaliação do militar responsável pela equipe indicou que a área do incidente apresentava risco de morte aos mergulhadores. Os quesitos avaliados foram a correnteza, a água turva, o depósito de materiais no trecho, como pedras e plantas, e a presença de tubarões.
Ainda de acordo com a corporação, o protocolo também avalia se é necessária a exposição de risco do bombeiro diante da suspeição de óbito da vítima, devido à temporalidade em que ela já havia submergido na água. O comando do GBS também explicou que os mergulhadores não usam os equipamentos contra tubarões. Os dispositivos estão sob a tutela de guarda-vidas, que atuam sob a água, no resgate de feridos ou pessoas sob ameaça de ataque do animal.

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