sexta-feira, 29 de maio de 2015

TRABALHADORES

Trabalhadores de Suape fecham acesso ao Complexo Portuário

Ato faz parte do Dia Nacional de Paralisação e Manifestações, convocada por centrais sindicais em todo o País



Com informações da repórter Adriana Guarda

Junto à militantes do Movimento Sem Terra (MST), os manifestantes queimaram pneus e galhos / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Junto à militantes do Movimento Sem Terra (MST), os manifestantes queimaram pneus e galhos

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Atualizado às 10h43
Os trabalhadores metalúrgicos que atuam no Complexo Portuário de Suape, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, fecharam o acesso ao Porto em protesto na manhã desta sexta-feira (29). Também participaram do ato o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Pesadas (Sintepav-PE), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O protesto é contra as demissões de funcionários do Estaleiro Atlântico Sul e do atraso no pagamento por empresas terceirizadas. A manifestação fez parte do Dia Nacional de Paralisação e Manifestações, convocada por centrais sindicais em todo o País em protesto contra as Medias Provisórias 664 e 665 (que alteram o acesso a direitos trabalhistas) e o Projeto de Lei 4330 (que regulamenta os contratos de trabalhadores terceirizados). 
“No total já foram cerca de três mil demissões. Queremos cobrar um posicionamento do estaleiro sobre o futuro dos seus trabalhadores”, reivindica Henrique Gomes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE).

Manifestantes queimaram pneus e galhos na "Curva do Boi" fechando os dois sentidos da Via Portuária e, consequentemente, bloqueando as entradas de acesso ao Complexo de Suape, o que resultou um engarrafamento de aproximadamente dois quilômetros.
Trabalhadores reclamaram que o Estaleiro Atlântico Sul tentou forçar a passagem por uma ponte interditada para chegar ao local. Gelo baiano chegou a ser retirado para garantir mudança de rota dos ônibus em Suape. A diretoria de Suape explicou que liberou o acesso aos estaleiros através da ponte por 30 min para os ônibus. 
Sem ter como chegar nos estaleiros, muitos trabalhadores voltaram pra casa. Alguns ônibus com funcionários dos estaleiros tentaram desviar do protesto, mas ficaram pelo caminho. A via só começou a ser liberada pelos seguranças de Suape por volta das 8h30, no sentido Porto. A manifestação terminou por volta das 9h20, mas o trânsito ainda é lento no local neste momento, quase 10h. De acordo com a Polícia Militar, dez trabalhadores foram presos no protesto por estarem fazendo tumulto. 

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