JORNALISTA
Marco Aurélio Alcântara foi vítima de latrocínio, diz inquérito
As investigações apontam dois acusados pelo crime. Um está preso e outro, foragido.
Jornalista foi encontrado morto em casa, em setembro de 2014.
Foto: Cinthia Ferreira/TV Jornal
A conclusão do inquérito do caso Marco Aurélio Alcântara, jornalista morto em casa em setembro do ano passado, aponta dois suspeitos de latrocínio (roubo seguido de morte). Um dos acusados, Cristiano José Silva do Nascimento, de 28 anos, confessou o crime e está preso no Centro de Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. O outro, Emerson Pereira de Moraes, 32, está foragido.
A vítima, de 77 anos, teria sido morta asfixiada por estrangulamento, no dia 23 de setembro, onde residia, na Rua Manoel Caetano, no Derby, área central da cidade. O corpo foi encontrado com sinais de espancamento na manhã seguinte, por volta das 8h, por uma faxineira e uma secretária. Marco Aurélio estava amarrado nos pés, nas pernas e nas mãos e foi deixado em um dos corredores do imóvel. Ele havia vendido a casa há pouco tempo por um valor aproximado de R$ 800 mil.
Segundo o delegado do 2º Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo caso, Bruno Magalhães, o jornalista mantinha relações com um dos suspeitos, Cristiano, e costumava receber pessoas em casa à noite. No dia do crime, Marco Aurélio sacou uma quantia de R$ 60 mil no banco. “A vítima ligou para Cristiano para marcar um encontro, eles mantinham um relacionamento de três ou quatro meses. Naquela noite, Cristiano convidou Emerson para ir com ele e a vítima permitiu a entrada dos dois”, explicou Magalhães.
As investigações indicam que os acusados combinaram detalhes do crime no caminho que fizeram em direção à casa de Marco Aurélio. “Cristiano já planejava extorquir Marco Aurélio desde o início da relação. Ele já recebia dinheiro do jornalista. Provavelmente, a vítima teria falado ao acusado sobre a quantia que havia sacado”, informou Bruno Magalhães.
Segundo o delegado, Cristiano afirmou que não tinha intenção de matar. “Cristiano alega não querer mata-lo. Disse ter deixado a vítima viva e acreditava que ele tinha morrido de ataque cardíaco. Mas o laudo aponta que foi asfixia por estrangulamento, Marco Aurélio possuía marcas de um material fino em volta do pescoço. O acusado conhecia a vítima, certamente não iria deixa-la viva”, concluiu.
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