CRISE
Consumo das famílias tem o pior recuo desde 2008
Resultado puxou o PIB para baixo no primeiro trimestre do ano, aponta IBGE
Desemprego em alta e rendimento em queda explicam resultado
Marcelo Camargo/ABr
RIO DE JANEIRO - Um dos motores da economia nos governos Lula, o consumo das família encolheu 1,5% neste primeiro trimestre, na comparação aos três últimos meses do ano passado, quando havia subido 1,1%.
O índice está ligado à piora no mercado de trabalho, ao desemprego em alta e ao rendimento em queda. Com a confiança em baixa, os consumidores hesitaram na hora de ir às compras. O crédito também está mais restrito e a inflação contribui para um orçamento cada vez mais comprometido.
Foi o pior resultado desde o quarto trimestre de 2008, quando o consumo das famílias recuou 2,1% na comparação aos três meses anteriores.
Quando comparado ao mesmo trimestre de 2014, o consumo das famílias teve uma queda de 0,9%. Nessa base de comparação, foi a primeira queda do consumo das famílias desde o terceiro trimestre de 2003, quando recuou os mesmos 0,9%.
Naquele ano, o consumo sofria com as incertezas do primeiro governo Lula. O câmbio disparou, a inflação subiu e as famílias seguraram os gastos.
Nesta sexta-feira (29), o IBGE divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro encolheu 0,2% no primeiro trimestre em comparação aos três últimos meses do ano passado.
COMÉRCIO E SERVIÇOS
O desânimo do consumo afetou o desempenho de setores da economia como o comércio e uma parcela dos serviços. O comércio recuou 0,4% no primeiro trimestre, em comparação ao fim do ano passado.
Uma parte dos serviços mais vinculada ao consumo das famílias também se retraiu: outros serviço, que inclui alimentação, hotéis, turismo, saúde etc. A queda foi de 1,4%.
Os serviços como um todo tiveram queda de tiveram alta de 0,7% na comparação ao quarto trimestre.
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