Santa Cruz e América-MG se enfrentam invictos, mas estão distantes na Série B

Tricolores recebem mineiros nos Aflitos de portões fechados, em busca da 1ª vitória

23/05/2014 - William Tavares, da Folha de Pernambuco

Duelo de invictos na Série B, mas com realidades bem opostas. O América/MG é o líder da competição, com cinco vitórias e um empate. Já o Santa Cruz está na 14ª posição, tendo empatado todos os seus seis confrontos. Precisando vencer para afastar o princípio de crise, a Cobra Coral vai novamente atuar longe de sua torcida e do seu estádio. Já foi assim contra o Lagarto, pela Copa do Brasil, e deve ser assim nos próximos três jogos na capital pernambucana. Mas, para quem precisa do resultado, todas as adversidades precisarão ser superadas.

Maurício Ferry/Folha de Pernambuco

Técnico não vê um abismo técnico entre os times que se enfrentam hoje à noite

“Não ter o torcedor do nosso lado é um agravante. Jogaremos fora de casa, em um gramado não tão bom. Mesmo assim, sei que não podemos usar isso como justificativa. Precisamos do resultado”, explicou o técnico Sérgio Guedes, lamentando a punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), com a perda de cinco mandos de campo e interdição do Arruda, devido à morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva.

Ontem, o treinador comandou o último coletivo antes do duelo. Time definido? Não. A explicação de Guedes não passa apenas por questões técnicas. A escolha dos titulares depende da avaliação do departamento de fisiologia do clube. Com alguns atletas desgastados pela sequência de partidas, o Santa pode ter algumas novidades.

“Não quero ter ninguém 50%, tem que estar 100%. Vou aguardar o departamento de fisiologia para definir quem joga. Algumas mudanças táticas devem acontecer, mas seriam trocas pontuais por conta do desgaste”, afirmou o treinador. No treino de ontem, a baixa por conta do CK alto foi do atacante Pingo.

Apesar da discrepante diferença entre América/MG e Santa Cruz na tabela, o técnico explicou que o abismo entre as equipes, pelo menos tecnicamente, não seria tão grande. Seria uma questão mais de “sorte”. “Acho que a diferença maior é que com eles a bola bate na trave e entra, e com a gente não. O pênalti que não é marcado no Léo Gamalho, é nos jogadores deles. É complicado”. Ontem, o lateral-esquerdo Julinho e o zagueiro Marllon foram regularizados e ficam à disposição do treinador.

Natan – Dias depois de voltar aos trabalhos com bola e declarar estar bem fisicamente para retornar aos jogos, o meia Natan deixou o gramado do Arruda mais cedo. Ele sentiu um desconforto no adutor da coxa esquerda e, de acordo com o departamento médico do clube, passará por um exame de imagem para saber a gravidade da lesão.