Quatro integrantes de torcida organizada continuam foragidos no Recife
Publicado em 23.05.2014,
Do NE10
A Operação Gol de Placa, da Polícia Civil de Pernambuco, que visa prender membros de torcidas organizadas envolvidos em vandalismo, tumulto, dano ao patrimônio público e privado, entre outros crimes, continua em busca de mais quatro suspeitos. A ação que investiga duas das principais torcidas organizadas do Recife, Jovem (Sport) e Fanáutico (Náutico), foi divulgada na manhã desta sexta-feira (23). No total, foram expedidos seis mandados de prisão preventiva, mas até agora apenas duas pessoas foram presas. As investigações continuam.
W. S. D, 22 anos, e D. M. C. L, 24, são da Fanáutico, já foram presos e estão na sede da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core). Em breve, os dois serão encaminhadas ao Cotel. Todos os mandados de prisão são por dano ao patrimônio público e privado, formação de quadrilha e provocação de tumulto. As penas podem chegar até 10 anos de prisão.
Entre os foragidos estão o presidente e o vice-presidente da torcida organizada do Sport, além de um diretor e outro torcedor. Depoimentos e filmagens de câmeras de segurança ajudaram a identificar e comprovar o envolvimento dos suspeitos.
As investigações iniciaram no dia 20 de julho de 2013. Mas devido à burocracia, a greve da Polícia Militar, entre outros fatores, os mandados que deveriam ter sido crumpridos na semana passada só puderam ser cumpridos esta semana. Para José Silvestre, Diretor do Core, todas as torcidas têm envolvimento com problemas. "Outras investigações estão sendo realizadas, mas neste momento apenas estas torcidas do Sport e do Náutico participam do processo", explicou o diretor.
De acordo com o chefe da unidade de Operações Especiais da delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva, Diogo Faria, "Ainda será avaliado pela Justiça se cabe fiança ou não. Mas, pelo relatório das penas, não caberia fiança", comenta. Para Diogo, como o Tribunal de Justiça publicou o processo na sua página oficial, desde o dia 21 de maio, os foragidos já devem ter tido acesso às informações e, por isso, fugiram.
Alguns dos suspeitos têm registros TCOs (Termo Circunstanciado de Ocorrência) - no qual sofrem penalidades leves, como ficar proibido de ir a jogos durante certo período. Mas, nenhum tinha sido preso antes.
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