Forças Armadas »Militares seguem nas ruas até segunda ordem
Larissa Rodrigues - Diario de Pernambuco
Publicação: 16/05/2014
Foto: Guilherme Veríssimo/Esp. DP/D.A Press |
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi duro em suas colocações sobre o movimento, ontem, durante coletiva de imprensa a respeito da medida. “Aqueles que acham que é possível conquistar vitórias corporativas às custas do sofrimento de um povo e de um estado perceberão que estão no caminho errado. Se acham que com sentimento de terror conseguem resultados, saibam que isso nunca deu certo em nenhum estado de direito e não dará em Pernambuco”, ressaltou. O ministro não deu detalhes da operação.
Não foram revelados quantos homens participarão, de onde são, qual o perfil das tropas e nem os armamentos e equipamentos usados. Cardozo apenas afirmou que a primeira ação é fazer monitoramento de ruas. Após a coletiva, ele participaria de reunião operacional para traçar o planejamento e distribuição das equipes. O ministro reforçou que as tropas são treinadas e já experimentadas nesse tipo de situação e, inclusive, foram utilizadas na greve dos policiais de Salvador.
José Eduardo Cardozo destacou a posição do Governo Federal sobre a greve dos PMs de Pernambuco. Segundo ele, o governo tem absoluta certeza de que a paralisação é ilegal. “Todos os homens e forças que forem necessários serão alocados para Pernambuco. Essa é a posição da presidente Dilma Rousseff, que nos deu claras orientações de fazer o que for necessário para apoiar o estado”, reforçou.
Cardozo lembrou que o Supremo Tribunal Federal reiteradamente decidiu pela ilegalidade das greves de policiais militares no Brasil em duas decisões recentes.
O governador João Lyra Neto acredita que com criatividade será possível enfrentar essa crise. “Nós temos crença e vamos ter criatividade e decisão política para que possamos enfrentar essa situação difícil e restabelecer a segurança pública no estado de Pernambuco”.
A secretária nacional de Segurança, Regina Miki, foi questionada sobre a primeira medida das Forças Armadas no Recife, enviadas para Suape para conter problemas com trabalhadores que fecharam alguns acessos ao porto, ao invés de serem mandadas às cidades da Região Metropolitana onde havia saques. Regina Miki argumentou que era preciso reestabelecer o abastecimento de combustível na capital.
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