Número de fumantes no Recife cai e fica abaixo da média nacional

Segundo pesquisa, índice caiu de 12%, em 2012, para 10,7%, no ano passado

28/05/2014  - Postado por Júlia Montenegro, com informações da assessoria

 

Widio Jofre/Arquivo Folha

Secretaria de Saúde do Recife oferece tratamento para os fumantes nos Centros de Atenção Psicossocial

O Recife tem motivos para celebrar o Dia Mundial Sem Fumar, comemorado no próximo dia 31. Uma pesquisa do Ministério da Saúde aponta que a cidade ficou abaixo da média nacional, de 11,3%, em relação ao número de pessoas que fazem uso de produtos fumígenos – cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos etc. O índice de fumantes na capital pernambucana caiu de 12%, em 2012, para 10,7%, no ano passado.

A Secretaria de Saúde do Recife, por meio da Gerência de Saúde Mental, oferece tratamento para os fumantes nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Para a gerente de Saúde Mental, da Secretaria Municipal de Saúde, Telma Melo, o alerta deve continuar, mesmo batendo o próprio recorde. “Como o tabagismo está associado a doenças crônicas degenerativas, é algo que precisa ter cada vez mais atenção. Já que conseguimos chegar aos 10%, vamos buscar outra meta: reduzir para 9,5%”, revelou.

Dados do Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco apontam que o tabagismo é o principal fator de risco para cerca de 50 doenças, entre elas mais de 10 tipos de cânceres, doenças cardiovasculares e enfisema, além das patologias buco-dentais. Pouco mais de 300 pessoas procuram os grupos de Tratamento de Tabagismo, oferecido pela Secretaria de Saúde do Recife. Em cada um dos seis Distritos Sanitários da cidade, há uma unidade especializada no tratamento do álcool e outras drogas.

Nos Caps AD da rede municipal, os usuários participam de reuniões em grupo e consultas com profissionais. O tempo médio de permanência é de seis meses. “Nossa equipe é formada por médicos clínicos e psiquiátricos, que avaliam cada um deles, solicitam exames e até prescrevem medicamentos. Quando tem algum usuário que tem um problema mais grave, por exemplo, como um enfisema pulmonar, é encaminhado para um profissional especialista da rede”, explicou Izabel Cristina, assistente social e técnica de Saúde Mental.