Paciente denuncia situação precária do atendimento no Hospital Getúlio Vargas
Vendedor também denunciou um esquema de aluguel de macas na unidade de saúde
O vendedor Cleiton Douglas Lemos dos Santos, de 35 anos, foi até a unidade de saúde no dia 15 de maio, por conta de uma erisipela em uma das pernas, e se deparou com a precariedade dos serviços oferecidos no local. Além de esperar mais de 12 horas sentado em uma cadeira de rodas que nem pneu tinha, o paciente relatou que faltavam medicamentos, médicos, leitos e macas no hospital. “Depois que esperei esse tempo todo pra tomar a injeção, a enfermeira disse que não tinham mais seringas, caso fosse necessário ser aplicada outra dose”, explanou.
Ele denunciou também que só conseguiu ser transferido da cadeira de rodas para uma maca, depois que pagou a quantia de R$ 20 a um funcionário. “Uma enfermeira chegou pra mim e me deu o ‘toque’ que tinha um maqueiro lá que conseguia um lugar melhor pra ficar, no caso uma maca, mas só que pra isso, eu tinha que pagar. É um absurdo, eu sei, mas não podia mais esperar naquela cadeira de rodas desconfortável, porque estava sentindo muita dor”, disse.
Nas imagens é possível observar pacientes deitados em macas numa espécie de leito improvisado, que fica em um dos corredores da unidade de saúde. O HGV realiza mensalmente mais de 2 mil atendimentos na emergência e outros 12 mil no ambulatório; dispõe de 445 leitos, 17 salas no centro cirúrgico, 31 leitos de UTI e conta com o apoio de 2, 555 mil funcionários.
A reportagem do FolhaPE entrou em contato com a assessoria de imprensa da unidade de saúde e está no aguardo de uma resposta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário