sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Ex-viciado em crack vence a dependência e comemora saída do “fundo do poço”


Ex viciado em álcool, maconha e finalmente no crack, Hermano chegou ao fundo do poço, mas consegui provar que é possível vencer o vício. Hoje se considera "um homem feliz". Divulgação
Ex viciado em álcool, maconha e finalmente no crack, Hermano chegou ao fundo do poço, mas consegui provar que é possível vencer o vício. Hoje se considera “um homem feliz”. Foto: Acervo pessoal

Hermano Augusto Oliveira Jaqueline da Costa se conheceram em um carnaval de Olinda. Ele tinha 23, e ela, 19. Começaram a namorar, e a moça engravidou. Passaram a viver juntos. Mas pouco tempo depois, ela notou que o companheiro tinha um comportamento estranho.  O técnico em laboratório de análises clínicas era viciado. Aos 19, ingeria muito álcool. Logo depois, passou para a maconha. E aos 25, mergulhou naquela que considera a pior das drogas: o crack.  O casal tem um filho, Thiago, que felizmente não tem nenhum vício.
Para Hermano, o mergulho nas drogas foi “uma viagem ao fundo do poço”. Ele diz que deu “tanto trabalho”, que perdeu tudo, inclusive a família. “O pai não o quis mais, a mãe “morreu de desgosto”, e a companheira preferiu viver só. Quando se viu na “pior situação”, ele decidiu procurar apoio na Casa de Recuperação Cristo Liberta. Aderiu à religião evangélica, e terminou conseguindo deixar os vícios. Em maio, os Jaqueline e Hermano tiveram um duplo motivo para comemorar: a reabilitação e o recomeço da união, dessa vez com papel passado. A festa foi na própria Casa, onde o ex viciado passou seis meses em busca de “libertação”. No dia do casamento, os noivos receberam  doações e a visita de clientes de outras clínicas e comunidades terapêuticas.
“Com certeza foi lá que dei o primeiro passo para me libertar. Encontrei a doutrina evangélica, e comecei a sair do fundo do poço. Dos três vícios, o crack foi o pior que enfrentei, porque a droga não satisfaz por muito tempo, e a gente quer mais e sempre”, disse. “No começo das drogas, eu conseguia conciliar casa e trabalho. Mas depois, com o crack, a vida ficou toda atrapalhada e até mesmo o convívio social foi prejudicado”, diz. “Recomeçar é tão possível, quanto é possível superar o vício do crack”, diz. Hoje o ex viciado esbanja felicidade. Está em benefício social – por conta da “dependência” – e procura emprego para retomar a sua vida. “Fiz um teste essa semana, e faço fé que o trabalho vai sair”. Hermano hoje esbanja felicidade ao lado da mulher e do filho. E  faz conferências e palestras junto a outros homens e mulheres que, como ele fez, tentam lutar contra o vício.

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