CRIME
Após prisão, irmão de Marcelo Lira acusa polícia de perseguir kombeiros envolvidos no caso Serrambi
Um dos envolvidos no crime que vitimou as jovens Tarsila e Maria Eduarda foi detido nessa terça (20), suspeito de receptação de produto roubado
Do JC Online
Com informações da TV Jornal
Marcelo Lira foi autuado em flagrante por receptação de produto roubado
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
A polícia prendeu, na tarde dessa terça-feira (20), em Ipojuca, no Grande Recife, Marcelo José de Lira, um dos kombeiros suspeitos de envolvimento no caso Serrambi. Ele foi encaminhado ao Departamento de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste do Recife, suspeito de receptação de produto roubado e adulteração do sinal identificador de veículo.
Os dois irmãos Marcelo Lira e Valfrido Lira foram detidos durante uma blitz no município. Segundo a polícia, a kombi que estava sendo conduzida por Marcelo constava como roubada. E, outra, conduzida por Valfrido, estaria adulterada. Os dois veículos foram apreendidos e levados para o Depatri. Marcelo Lira foi autuado em flagrante por receptação de produto roubado. Valfredo foi ouvido pela Polícia Civil e liberado em seguida.
Em entrevista à TV Jornal, Valfrido defendeu o irmão. "Marcelo comprou uma kombi há mais ou menos oito meses e passou para o nome dele. Só agora, chegaram dizendo que a kombi era roubada, mas quando ele foi passar para o nome dele, fez vistoria em Ipojuca e constou que o automóvel estava regularizado. Quando chegou no Depatri, o gás estava com defeito", disse.
Roberto Lira, irmão dos kombeiros, acredita que os familiares são perseguidos pela polícia por causa da repercussão do caso Serrambi. "Quando aparece uma irregularidade em um carro, o veiculo fica apreendido e a pessoa vai embora. Mas com Marcelo está sendo diferente. Ele foi levado direto para o Cotel [Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna, em Abreu e Lima, na região metropolitana]", contestou.
Em 2003, os irmãos Valfrido e Marcelo Lira chegaram a ser acusados pelas mortes das adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão. Os corpos foram encontrados em um canavial em Serrambi, praia de Ipojuca, no Litoral Sul do Estado. Os kombeiros foram julgados e absolvidos.
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