quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PLANO DE INVESTIMENTOS

Fazenda: crise da Petrobras é principal responsável por redução do PIB em 2015

Segundo a SPE, a redução do plano de investimento da Petrobras provocará a redução do PIB em 0,6 ponto percentua


Da ABr

Oficialmente, a SPE prevê retração de 2,44% do PIB este ano, mas o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, projeta encolhimento de 3% / Foto: Fotos Públicas

Oficialmente, a SPE prevê retração de 2,44% do PIB este ano, mas o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, projeta encolhimento de 3%

Foto: Fotos Públicas

A redução do plano de investimentos da Petrobras em quase 40%, em 2015, é o principal fator para o  encolhimento da economia brasileira neste ano, de acordo com  a conclusão é de estudo divulgado nesta quarta (21) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Segundo o estudo, a redução dos investimentos da petroleira, de US$ 37,1 bilhões em 2014 para US$ 25 bilhões em 2015, será responsável por pelo menos 2,1 pontos percentuais da contração do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país. Oficialmente, a SPE prevê retração de 2,44% do PIB este ano, mas o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, projeta encolhimento de 3%.
Segundo a SPE, a redução do plano de investimento da Petrobras provocará a redução do PIB em 0,6 ponto percentual, apenas por meio dos efeitos diretos. Incluídos os efeitos indiretos (sobre fornecedores e empresas relacionadas à indústria de petróleo) e a queda na renda da população afetada, a retração sobe para 1,7 ponto percentual.
Caso seja incluído o impacto dos investimentos que deixaram de ser realizados pelas empreiteiras, o efeito negativo sobre a economia sobe para 2,1 pontos percentuais. De acordo com o estudo, a crise na Petrobras teve efeito muito maior sobre o encolhimento da economia do que as medidas de aumento de tributos anunciadas este ano.
“Esse impacto evidentemente é muito maior do que o possível efeito contracionista ao longo do ano da variação muito modesta nas alíquotas de alguns impostos, como a Cide [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico] ou o PIS/Cofins da importação”, destacou o estudo. A redução pela metade da desoneração da folha de pagamento, lembrou a SPE, só entrará em vigor em dezembro e só terá efeito em 2016.

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