terça-feira, 20 de outubro de 2015


Oposição quer ouvir Advance e BNB sobre a obra parada de Itaquitinga

Denúncia da Veja sobre uma operação para custear "secretamente" a conclusão da penitenciária pode levar oposição a Salvador e Fortaleza


Ayrton Maciel

Na tribuna, Edilson Silva (PSOL) cobrou um pronunciamento do governo estadual socialista sobre a denúncia da revista Veja a respeito da obra parada da penitenciária de Itaquinga / Foto: Roberto Soares/Alepe

Na tribuna, Edilson Silva (PSOL) cobrou um pronunciamento do governo estadual socialista sobre a denúncia da revista Veja a respeito da obra parada da penitenciária de Itaquinga

Foto: Roberto Soares/Alepe

A oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco planeja a ida a Salvador (BA), em novembro, para ouvir o dono da Advance Construções, Eduardo Fialho – empresa que abandonou, em 2012, as obras do Complexo de Ressocialização de Itaquitinga, que deveria ser a maior penitenciária do Estado, na Mata Norte –, depois da denúncia, na semana passada, da revista Veja online. 
Baseada em gravações do empresário, de 2013, a Veja revelou uma reunião de Fialho com membros do governo Eduardo Campos (PSB) e as empresas Odebrecht e DAG, a segunda colocada como substituta da Advance numa operação para “custear secretamente o complexo”. A DAG seria uma empresa do grupo Odebrecht.
Além de Fialho, a oposição quer ouvir o Banco do Nordeste, em Fortaleza, sede do banco financiador da obra que não aceitou mudança de empresas. Nesta segunda-feira (19), o deputado Edilson Silva (PSOL) cobrou o fim do “silêncio” do governo sobre a denúncia. "O governo precisa se manifestar. Na última quinta-feira (15), pedimos uma explicação sobre a denúncia. A situação exige um esclarecimento público do governo. Voltamos a cobrar. O silêncio é um tipo de pronunciamento (suspeito)", provocou o psolista.
Em contestação, o líder da bancada Waldemar Borges (PSB) afirmou que o governo Paulo Câmara (PSB) "não será coadjuvante" em inicativas que tentam "espetacularizar" uma denúnciaão. O socialista disse que a questão de Itaquitinga está judicializada, que foi o BNB que não aceitou a troca de construtoras e que o banco quer receber da Advance o dinheiro emprestado para financiar a obra. “A gravação (divulgada pela Veja) não quer dizer nada. O governo tentou negociar a mudança para concluir as obras”, rebateu o líder Waldemar Borges (PSB)”.

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