Hemoderivados »Hemobrás amplia parque industrial em GoianaPlanta contará com o 13º bloco para produzir o fator VII recombinante, que é 100% importado
Publicação: 27/11/2013
O projeto da nova estrutura ainda está sendo elaborado, mas estima-se um investimento em torno de R$ 200 milhões e produção agendada para 2018. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press |
O fator VIII recombinante é, assim como o similar fator VIII (que utiliza plasma sanguíneo na fabricação), destinado ao tratamento de hemofilia A, distúrbio na coagulação do sangue que atinge 10 mil brasileiros, de acordo com o cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS). Ambos são importados atualmente. O recombinante, por sinal, é muito mais oneroso aos cofres da união justamente por não utilizar o sangue como matéria-prima. O primeiro pacote a ser importado (iniciado em junho deste ano) reúne 350 milhões de Unidades Internacionais (UI), das quais 70% já chegaram ao Brasil. Cada UI corresponde a um miligrama de plasma.
De acordo com o diretor de incorporação tecnológica e processos da Hemobrás, Antônio Edson Lucena, o plano da estatal é, em três anos, elevar esse volume a 600 milhões de UIs no sistema público de saúde. “A projeção é, em 2018, quando a produção for local, que o volume atenda o Brasil e todo o Mercosul”, assegurou.
O processo de tranferência tecnológica do fator VIII recombinante está no início, mas já dá um passo representativo. A Hemobrás conquistou, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a aprovação do registro fator VIII recombinante. Com isso, a estatal vinculada ao Ministério da Saúde passa a deter o registro deste tipo de produto no Brasil. A previsão é que o insumo traga não só o nome Hemo-8r em sua embalagem, mas também o da Hemobrás, na área de segurança da caixa, já no ano que vem.
“Trata-se da validação da Hemobrás como agente farmacêutico. Esse processo exige uma série de responsabilidades. Antes, a atividade era importar e distribuir. Agora, será a Hemobrás a responsável por fazer os testes antes de entrar no Brasil e liberar para o SUS, por exemplo”, explicou Lucena. Segundo o diretor, o calendário destaca a atuação da unidade de Goiana no processo de transferência de tecnologia. “Vamos rotular o produto em Pernambuco em 2015 em envasar em 2016. Essas duas etapas (rotulagem e envase) serão nos mesmos blocos dos hemoderivados. A produção, por sua vez, exigirá o novo prédio por questões de vigilância sanitária. Este, entregue em 2018”, finalizou.
fonte diario pe
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