quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Paulo Câmara: governador dos desafios

Pernambuco será administrado por mais um socialista, a partir desta quinta-feira

 - Carol Brito, da Folha de Pernambuco

Peu Ricardo/Arquivo Folha
Câmara: Estou preparado para governar para todos
Após ser eleito com a maior votação proporcional do País (68,08% dos votos válidos), o novo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), assume o cargo ao lado do vice Raul Henry (PMDB), na tarde desta quinta-feira (1º), com o objetivo de dar continuidade à gestão iniciada por seu padrinho político e ex-governador Eduardo Campos (PSB), em 2007. Contudo, a sua missão encontrará uma série de obstáculos. Com a morte do principal fiador da sua candidatura em acidente aéreo, no ano passado, o socialista terá pela frente o desafio de manter o crescimento do Estado em um ano de aperto financeiro e com os reflexos na relação com o Governo Federal – abalada pelo recente rompimento da aliança com a presidente Dilma Rousseff (PT).
“Estou muito preparado e determinado para governar Pernambuco para todos. Começo 2015 renovado. Sei dos meus desafios que são muitos, mas vou contar com a ajuda da população”, afirmou Paulo Câmara, após a missa de Ação de Graças realizada na última quarta, na Matriz de Casa Forte, junto com o governador João Lyra Neto (PSB) e aliados. Em sua primeira experiência à frente do Executivo estadual, Paulo Câmara se compromete em manter o índice de R$ 3 bilhões de investimentos do Estado. Para isso, anunciou o corte de 20% da folha de pagamento de cargos comissionados do Estado.
O acesso aos investimentos ficou comprometido este ano com o atraso na assinatura do Programa de Reestruturação e Ajustes Fiscal (PAF) que não foi assinado até hoje. Sem a liberação do termo, o clima é de instabilidade sobre os recursos disponíveis para o Estado. Outro desafio é destravar obras estruturadoras que ficaram paradas nos últimos meses. Em entrevista de fim de ano, o governador João Lyra Neto admitiu que paralisou o andamento dos projetos por falta de recursos. Em contrapartida, Paulo Câmara garantiu que cobrará do Governo Federal a liberação dos investimentos.

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