terça-feira, 4 de agosto de 2015

TRANSPLANTE

Aumenta em 120% a fila de espera por uma córnea em Pernambuco

A principal causa desse aumento ainda é a negativa familiar


Do JC Online

Atualmente, 185 pessoas estão na fila de espera por uma córnea, 120% a mais do que havia no mesmo período de 2014  / Foto: Free Images

Atualmente, 185 pessoas estão na fila de espera por uma córnea, 120% a mais do que havia no mesmo período de 2014

Foto: Free Images

De janeiro a junho deste ano, segundo a Central de Transplante de Pernambuco (CT-PE), foram realizados 255 transplantes de córnea. No mesmo período de 2014 foram 346, uma queda de 26%. “Em 2012, fizemos mais de mil procedimentos e, com isso, conseguimos alcançar o status de córnea zero no início de 2013. Na época, realizamos um mutirão para localizar os pacientes e para atualizar os dados e exames para que os transplantes fossem efetivados", afirma a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes.

Ela reforça que agora é preciso que a população coloque-se no lugar de quem está esperando, pense na importância de ser um doador e não tenha receio de autorizar a doação de um familiar que tenha falecido. 

Atualmente, 185 pessoas estão na fila de espera por uma córnea, 120% a mais do que havia no mesmo período de 2014 (85). A espera, em alguns casos, pode ser de até 60 dias para a realização do transplante. “A principal causa desse aumento na espera ainda é a negativa familiar, principalmente alegando a preocupação com a situação do corpo após a retirada do tecido ocular. Precisamos disseminar para a população que o corpo do ente querido será entregue íntegro aos familiares e que a doação é um ato de solidariedade que dará um novo sopro de vida aqueles que estão na fila de espera”, afirma a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes.

DOAÇÃO – Qualquer paciente que falece, seja por morte encefálica ou por parada cardíaca, pode doar a córnea, que, após a retirada, dura até 14 dias. Para que haja a doação, de acordo com a legislação brasileira, um parente de até segundo grau precisa autorizar.

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