SEGURANÇA

Muro em concreto armado e uso de armas letais são medidas para evitar fuga de presídio

Secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, anunciou estratégias adotadas para reforçar segurança no Presídio Frei Damião de Bozzano

Da Editoria de Cidades

Agentes públicos poderão utilizar armas letais para impedir fugas dos presídios

Sérgio Bernardo/JC Imagem

Após a descoberta, no sábado (22), do terceiro túnel no Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB) neste mês de agosto, o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, garantiu que um muro externo com três metros está em construção para impedir tentativas de fuga dos detentos da unidade, que faz parte do Complexo Prisional do Curado, situado na Zona Oeste do Recife.

O muro, segundo o secretário, terá um metro enterrado e dois metros para cima, em concreto armado, com 15 centímetros de extensão. “Nós não vamos permitir fugas em massa”, disse Pedro Eurico, em entrevista sobre a situação a Geraldo Freire, no Passando a Limpo, da Rádio Jornal.

Ele também informou que baixou uma portaria com o secretário estadual de Defesa Social, Alessandro Carvalho, para dar liberdade aos agentes públicos de usarem armas letais. “Na área da guarita, os agentes públicos, no caso a Polícia Militar e a Companhia de Guardas, poderão usar arma letal para impedir a fuga. Não vamos permitir que se atire para matar, mas atirar como advertência”, acrescentou Pedro Eurico. 

O terceiro túnel encontrado no sábado (22) estava localizado por trás do pavilhão F, bem perto da quadra do presídio, e tinha dois metros de profundidade e quatro de comprimento. Nenhum interno chegou a utilizá-lo para fugir. Outras duas estruturas também foram identificadas em agosto.

O PFDB, considerada a maior das três unidades que compõem o Complexo Prisional do Curado, vem apresentando problemas frequentemente. Só em uma semana do mês de julho, quatro detentos conseguiram escapar, simplesmente pulando um dos muros que cercam o complexo e fazendo buracos.