Na Bahia, às vésperas das manifestações, Dilma diz que a vida lhe pede coragem
Na sexta-feira, 14 de agosto, em Salvador-BA, Dilma usou um discurso, durante o evento Dialoga Brasil, para comentar de forma indireta a pressão porque passa, às vésperas das manifestações de rua.
Ao lado dela, estava o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, hoje ministro da Defesa. Também presentes o ministros Chioro e Juca Ferreira, da Cultura.
O mote para o recado foi dado por uma mulher que falou na sua “gatice”.
“Eu vou aproveitar a pergunta, a pergunta não, a constatação e te dizer uma coisa: é vida saudável. Mesmo debaixo da pressão, mesmo debaixo da, eu diria o seguinte, da imensa desfaçatez e intolerância que recai em alguns momentos lá em Brasília, eu acho que todo mundo tem de se esforçar para manter a serenidade. Porque a serenidade e a vida saudável, ela te dá condições de enfrentar a dificuldade. Então, é muito bom. Você come menos, você se esforça mais, você acorda cedo e trabalha até tarde. Essa é a minha vida saudável. Faça exercício, acorde cedo, trabalhe muito e enfrente a vida. Como dizem meus conterrâneos – baianos, mineiros: “Da vida, o que a vida quer da gente é coragem”. É isso que a vida quer da gente”, declarou.
Dilma também reclamou de uma suposta campanha insidiosa contra ela e voltou a falar em quanto pior, melhor, como fez no Maranhão, na segunda-feira.
Dilma também reclamou de uma suposta campanha insidiosa contra ela e voltou a falar em quanto pior, melhor, como fez no Maranhão, na segunda-feira.
“Eu quero falar uma coisa para vocês. Eu quero falar sobre a teoria, a prática e a insidiosa tentativa de criar no Brasil uma situação de “quanto pior melhor”. Quem não tem compromisso com seu país, quem não tem compromisso com todas as conquistas que nós fizemos nos últimos anos. É um pouco pretensiosa de minha parte, mas vou ousar fazer. Se tem uma coisa que eu tenho orgulho de ter feito como presidente, ou participado como ministra, foi do que fizemos no governo Lula e no meu governo em relação ao Nordeste do Brasil. E isso eles não vão tirar de nós. Jamais vão tirar de nós”, disse.
Em uma alusão ligeira a fala do presidente da CUT, que chegou a defender o uso de armas, para defender o governo do PT, disse ter aprendido que tem um poderoso, um fortíssimo instrumento, uma verdadeira arma, o diálogo e a participação popular.
Em uma alusão ligeira a fala do presidente da CUT, que chegou a defender o uso de armas, para defender o governo do PT, disse ter aprendido que tem um poderoso, um fortíssimo instrumento, uma verdadeira arma, o diálogo e a participação popular.
“Porque nenhum de nós nasce com a verdade. E aí, verificar se tudo está nos conformes é uma tarefa coletiva, não pode ser feita lá em Brasília, não pode ser pela presidenta e pelos ministros. Só pode ser feita pelo governo com o seu povo. Se não faz com governo e com o seu povo, a gente não vai conferir nada. Então, hoje, aqui, a primeira parte que nós fizemos é explicar o que nós estamos fazendo. Porque se a gente não explicar o que está fazendo, como que é que vocês vão saber se está bom, se está médio, se pode melhorar, se tem como avançar”, discursou.
Na sua fala, a presidente disse que tinha muito orgulho do Mais Médicos e fez a defesa do bolsa família também.
“Nós tínhamos consciência que faltava médico, nós tínhamos consciência que faltava médico. E nós descobrimos que o Brasil tinha uma quantidade de médicos por mil habitantes menor que da Argentina e do Uruguai. Aí também é demais, não é? Então, nós começamos a construir o programa. E, primeira coisa que fizemos foi chamar médicos. Houve um atendimento pequeno, porque na época a consciência não era grande da importância do programa. Eu agradeço, sim, ao governo cubano, eu agradeço, sim, aos médicos cubanos, porque nós viabilizamos o programa com eles. Foram mais de 11 mil médicos cubanos. Foram eles que deram a sustentação para o início do programa. Mas, como tudo na vida é exemplo, é simbolismo, também nesse caso os nossos queridos médicos brasileiros agora estão assumindo a dianteira e serão, certamente, eles que vão levar esse programa à frente. E é isso a coisa mais importante porque é atenção básica, e atenção básica é onde se resolve 80% dos problemas de saúde”, declarou.
“Temos uma disputa sistemática com aqueles que olham o Bolsa Família, e sempre olham com preconceito: “bolsa esmola. Bolsa só para a pobreza. Então, ninguém ganha, a classe média não ganha, e vocês, que fazem o Bolsa Família, vocês só olham para uma parte do Brasil”. Mentira. Nós olhamos para aquilo que o Brasil tem de superar. O Brasil, para ser uma nação rica – não estou falando em país rico, estou falando em nação rica -, não pode ter uma parte da sua população condenada à miséria”, disse, sobre o Bolsa Família.
Criança que educa a mãe.
Como costumava fazer o ex-presidente Lula, a presidente Dilma apostou em uma analogia para concluir seu discurso, defendendo a tese de que o governo promove participação popular e está aberto ao diálogo.
“Em um governo, significa que nós estamos abrindo esse caminho. Nós, aqui, estamos aprendendo junto com vocês. Nós estamos que nem aquela história da mãe com a criança, porque tem hora que eu desconfio que quem educa, é a criança que educa a mãe. É uma coisa que eu sempre desconfiei que a criança faz com a gente: ela nos educa também, ela ensina como ser mãe. O povo nos ensina também como ser governantes, como sermos capazes de trocar opiniões com vocês”.
Em maio de 2014, em Vitória da Conquista, na Bahia, o pré-candidato a presidência da república, Eduardo Campos, participou do seminário “Dialogando com a Juventude”, na cidade baiana.
Em maio de 2014, em Vitória da Conquista, na Bahia, o pré-candidato a presidência da república, Eduardo Campos, participou do seminário “Dialogando com a Juventude”, na cidade baiana.
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