Mais de 90% dos recifenses são a favor da autorização do Uber, aponta pesquisa
Inserido no fogo cruzado e alvo de debates calorosos, o Uber – serviço de transporte privado que concorre com táxis – é visto com bons olhos por 82,14% dos brasileiros entrevistados pela pesquisa feita em parceria pelo Colab.re e a Revista Época. Segundo o levantamento, divulgado nesta sexta-feira (14), no Recife, 90,97% se disseram a favor do Uber e 3,43% afirmaram ser contrários. A capital pernambucana foi a cidade do País com maior aprovação do serviço.
Segundo o Colab, a pesquisa foi feita em 253 cidades e mais de 2.700 pessoas responderam ao questionário. Atualmente, o Uber atua nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
Apesar de 76,33% das mulheres se mostrarem favoráveis ao uso do aplicativo, o percentual no público masculino é ainda maior (83,62%). Segundo o Colab.re, a variação pode ser atribuída ao sentimento de insegurança sentido pelas usuárias.
“O número é um indicativo que devemos dar ainda mais importância para as opiniões femininas pois são elas quem mais sofrem assédios quando optam por estes tipos de transporte.
LEI – No Senado, tramita um projeto de lei de autoria do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) que visa regulamentar no País o sistema de transporte privado individual. O texto está agora na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
De acordo com o projeto, o motorista para ingressar no Uber deverá ser enquadrado como Microempreendedor Individual (MEI) ou no Simples Nacional. Além disso, os municípios terão que fixar taxa de licença anual a ser revertida em obras e os automóveis deverão estar em dia com as obrigações.
No Recife, o Uber já gerou discussões antes mesmo de aportar na cidade. No início de agosto, a vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT) apresentou um projeto de lei que proíbe a utilização de carros particulares para o transporte remunerado de pessoas.
O QUE É O UBER?
Muito vem se falando sobre o aplicativo nos últimos meses, mas poucas são as explicações sobre o serviço. Vale lembra que a intenção do Uber é conectar o usuário a um motorista particular. Os carros do Uber costumam ser pretos, geralmente de luxo, e há vários itens de conforto para os passageiros, como comidas e bebidas. Semelhante aos táxis, esse serviço cobra bandeira, quilometragem e taxa por minuto parado.
A revolta dos taxistas reside na competição desleal, pontuada pela categoria. Para dirigir um táxi, o motorista precisa conseguir alvará, licença especial emitida pelas prefeituras das cidades. Atualmente, na maioria das capitais brasileiras, a prefeitura parou de emitir alvarás, as populares “praças”, e quem quiser ser taxista tem de comprar ou alugar de alguém que tenha o documento.
A empresa rebate o argumento afirmando que o atendimento é diferente e o público, idem. A ideia é contratar um motorista particular.
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