INDIGNAÇÃO
População faz abaixo-assinado para cobrar fiscalização em postes e fios elétricos
Depois de duas mortes provocadas por choque elétrico em uma semana, no Recife, moradores querem providências da Celpe e do poder público
Do JC Online
Postes do Recife têm emaranhado de fios
Foto: Ashelley Melo / JC Imagem
Diante da segunda morte no Recife, em uma semana, provocada por choque elétrico em via pública, a sociedade resolveu se mobilizar para cobrar providências do poder público e da Celpe, empresa privada que fornece energia no Estado. Também para exigir punição dos responsáveis. Um abaixo-assinado online foi criado sábado, um dia após a morte de Isaías Pereira da Silva, eletrocutado no Bairro do Recife. Até o início da noite de ontem, 500 pessoas tinham assinado o documento, que será entregue ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) como denúncia popular.
“Essa situação não pode continuar. Há fios soltos, desencapados em todo o Recife, em bairros do Centro, Zona Norte e Zona Sul. A situação fica mais crítica quando chove porque a cidade alaga. Andar hoje nas calçadas pode ser perigoso”, destaca o estudante de direito Mário Filipe Cavalcanti, que criou o abaixo-assinado. Ele pretende encerrar a coleta de assinaturas (www.peticaopublica.com.br) hoje para entregar o documento amanhã. “É preciso pressa para evitar novas mortes”, observa.
Um outro abaixo-assinado, intitulado Celpe: a vida por um fio, endereçado ao governo do Estado, pede a suspensão da concessão à Celpe. Até ontem havia 2.541 assinaturas. “Pessoas tiveram suas vidas interrompidas pelo descaso dessa empresa que tem por obrigação manter postes e fiações em perfeitas condições”, ressalta o documento.
“Essa situação não pode continuar. Há fios soltos, desencapados em todo o Recife, em bairros do Centro, Zona Norte e Zona Sul. A situação fica mais crítica quando chove porque a cidade alaga. Andar hoje nas calçadas pode ser perigoso”, destaca o estudante de direito Mário Filipe Cavalcanti, que criou o abaixo-assinado. Ele pretende encerrar a coleta de assinaturas (www.peticaopublica.com.br) hoje para entregar o documento amanhã. “É preciso pressa para evitar novas mortes”, observa.
Um outro abaixo-assinado, intitulado Celpe: a vida por um fio, endereçado ao governo do Estado, pede a suspensão da concessão à Celpe. Até ontem havia 2.541 assinaturas. “Pessoas tiveram suas vidas interrompidas pelo descaso dessa empresa que tem por obrigação manter postes e fiações em perfeitas condições”, ressalta o documento.
A promotora do consumidor Liliane Fonseca informa que o MPPE ingressou na Justiça com ação civil pública, em outubro de 2013, pedindo que a Celpe seja responsabilizada pelas mortes ocorridas por choque elétricos (foram 31 em 2011, informa a ação) e que cumpra as normas de segurança. “A ação corre na 29ª Vara Cível da capital. A Celpe apresentou estudo indicando o que pretende fazer para melhorar a segurança da rede. A Arpe (Agência de Regulação de Pernambuco) já analisou esse plano mas pedimos que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) também se posicione”, explica Liliane.
O superintendente de Operações da Celpe, Saulo Cabral, diz que a empresa realiza manutenção constante na rede de distribuição de energia. No Estado existem mais de um 1,5 milhão de postes de eletricidade. “A Arpe acompanha todos esses planos de manutenção. Somos obrigados pela legislação a compartilhar os postes com outras empresas. Por isso, muitos postes têm tantos fios. A Celpe recebe uma demanda negativa de uma rede feia, desorganizada e com uma expansão exacerbada”, enfatiza Saulo. Segundo ele, cerca de 95% dos chamados por fios partidos ou caídos em vias públicas não são de energia.
O superintendente de Operações da Celpe, Saulo Cabral, diz que a empresa realiza manutenção constante na rede de distribuição de energia. No Estado existem mais de um 1,5 milhão de postes de eletricidade. “A Arpe acompanha todos esses planos de manutenção. Somos obrigados pela legislação a compartilhar os postes com outras empresas. Por isso, muitos postes têm tantos fios. A Celpe recebe uma demanda negativa de uma rede feia, desorganizada e com uma expansão exacerbada”, enfatiza Saulo. Segundo ele, cerca de 95% dos chamados por fios partidos ou caídos em vias públicas não são de energia.
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