Polo Automotivo: Empresas continuam no prejuízo em Goiana
Sumont Montagens e Equipamentos encerrou as obras no polo da Jeep, mas não pagou as dívidas de contratos com vários empresários
A construção do polo automotivo da Jeep em Goiana já chegou ao fim e o canteiro de obras foi desmobilizado. Por outro lado, para empresários locais, o fim das obras foi o começo dos problemas. Pelo menos doze empresas que prestaram serviço a Sumont Montagens e Equipamentos, terceirizada que atuou na construção do empreendimento, estão sem receber há meses. O valor devido ultrapassa a casa dos R$ 11 milhões.
Os serviços prestados são referentes, por exemplo, ao fornecimento de refeições, realização de transporte de funcionários, vigilância dos alojamentos, aluguel de pousadas, fornecimento de material de limpeza, de gelo entre diversos outros tipos. “Temos um contrato assinado onde diz que, em caso de reincidência do mesmo, é preciso haver um informativo com, no mínimo, 30 dias de antecedência. Isso não aconteceu. Eu estou há mais de dois meses sem receber”, contou o diretor comercial da Celtur Turismo, Acelino Galvão. O valor devido a ele chega a R$ 195 mil.
“Os diretores dizem que vão pagar e nada. Além da questão financeira, tem a moral. Eles chegam na cidade, recebem todos os benefícios e vão embora nos devendo”, disse José Enildo de Araujo, representante do Laboratório São Mateus e da Med Star, que espera o pagamento de R$ 440 mil referente a realização de exames de demissão e admissão dos funcionários.
“Os diretores dizem que vão pagar e nada. Além da questão financeira, tem a moral. Eles chegam na cidade, recebem todos os benefícios e vão embora nos devendo”, disse José Enildo de Araujo, representante do Laboratório São Mateus e da Med Star, que espera o pagamento de R$ 440 mil referente a realização de exames de demissão e admissão dos funcionários.
A M Refeições era uma das empresas responsáveis pelo fornecimento de alimentação para os funcionários da empresa. Para atender a demanda de mais de 100 refeições diárias, Manoel Laurentino, responsável pela M Refeições, diz ter investido R$ 40 mil. “Há cinco meses eu estava com um restaurante que também servia a esta empresa. Agora tive que fechar o restaurante, estou devendo a fornecedor, equipamento parado… Não sei se o negócio resistirá”.
Todos os empresários afirmaram que os boletos referentes às dívidas já foram protestados. Muitos protocoloram denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho de Goiana. O processo ainda está sendo analisado pelo promotor do MPT.
De acordo com o diretor administrativo da Sumont Montagens e Equipamentos Industriais, Paulo César, a obra chegou na fase final e está havendo uma conciliação de contas. “Enquanto este processo não for concluído os valores estão bloqueados. A previsão é de que até 15 de julho o dinheiro esteja liberado e nós acertaremos as contas”.
De acordo com o diretor administrativo da Sumont Montagens e Equipamentos Industriais, Paulo César, a obra chegou na fase final e está havendo uma conciliação de contas. “Enquanto este processo não for concluído os valores estão bloqueados. A previsão é de que até 15 de julho o dinheiro esteja liberado e nós acertaremos as contas”.
Questionado sobre a saída da empresa do canteiro de obras, o diretor afirmou estar constituindo um escritório da empresa na cidade, que funcionará até o dia em que todas as dívidas forem quitadas. “Vamos sair da obra sem dever a ninguém”, enfatizou.
Em nota, a Jeep disse que a Sumont é exclusivamente responsável pelas obrigações por ela contratada. “Esta empresa, inclusive, gerou contratempos operacionais e prejuízo financeiro ao polo”.
Fonte: DiariodePernambuco
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