terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Aniversário »Os Simpsons completam 25 anos no arO seriado, que satiriza os valores da classe média dos EUA, completa marca inédita nas telinhas

Publicação: 11/02/2014  diario pe

 (Fox/Divulgação)

Os Estados Unidos são, desde os tempos de Walt Disney, os maiores especialistas em animação do planeta. O inventor de Mickey, Minnie, Pato Donald construiu, com suas invenções, um patrimônio de US$ 5 bilhões e arrebatou um recorde de 22 Oscars. Logo atrás do idealizador da Disney nas fortunas de animadores, está Matt Groening (com cerca de US$ 500 milhões), criador de Os Simpsons, desenho que redefiniu os limites do humor e de sátira à cultura norte-americana e abriu as portas para Seth MacFarlane, criador de Family Guy, American Dad e The Cleveland Show, Mike Judge, pai de Beavis & Butt-head, e a dupla Matt Stone e Trey Parker, idealizadores de South Park.

A família de personagens amarelos, formada por Homer (pai), Marjorie (mãe), Bart, Lisa e Maggie (filhos), comemora 25 anos da série no ar pela emissora Fox em 2014. Um recorde absoluto entre as sitcoms animadas. São mais de 500 episódios de uma obra iniciada de maneira despretensiosa. O ilustrador e quadrinista precisava criar personagens para encher um espaço no Tracy Ullman Show, espetáculo do comediante inglês Tracy Ullman. Antes da reunião com executivos da recém-criada Fox, em 1987, desenhou os Simpsons, inspirados nos próprios familiares. Dois anos depois, os amarelos ficaram independentes do programa e ganharam uma série, a única de animação do canal à época.

A premissa era fazer um lar que retratasse, de maneira caricatural e grotesca, os valores norte-americanos, baseados no patriarcado e em um líder de família que leva o trabalho nas coxas, bebe quantidades industriais de cerveja e é ignorante, sem apreço a livros, filmes e cultura geral. Além disso, estar sempre em dia com os acontecimentos do mundo.

Nos 25 anos de programa, figuraram, entre os personagens personalidades que vão desde presidentes dos EUA até jogadores de futebol brasileiros, como o fenômeno Ronaldo na época de Real Madrid. Os Simpsons não só pavimentou o caminho para outros desenhos, como viraram referência cult e são cultuados por crítica e público.

Bart e Homer passeiam no Brasil: humor ácido. Foto: Fox/Divulgação
Bart e Homer passeiam no Brasil: humor ácido. Foto: Fox/Divulgação
E no Brasil

Conexão brasileira
O gaúcho Erwin Kopp Xavier é responsável pelo site SimpsonsBR. Criado em 2011, já é o maior portal brasileiro independente da Fox dedicado à série. “Simpsons satiriza a cultura e a sociedade norte-americana, a televisão e vários aspectos da condição humana, muitas vezes de forma pesada, não é à toa que em muitos países alguns episódios estão banidos”, diz o rapaz.

Nem o Brasil escapa
Na 13ª temporada, a pontaria de Matt Groening apontou para o Brasil. O episódio Blame it on Lisa(Culpe a Lisa, em tradução livre) mostrou os estereótipos do que pensam de nós. Bart é engolido por um jacaré. Com a personagem Xoxchitla (paródia da Xuxa), eles parodiam os programas infantis brasileiros e a apresentadora traja roupas sensuais, carnavalescas. “Os momentos mais inspirados de Os Simpsons são uma lição de inconformidade”, diz o quadrinista André Valente. Um episódio no qual Homer é um árbitro da Fifa que vem à Copa do Mundo no Brasil para ver se há suborno vai ao ar em março nos EUA,e, aqui, está prevista para abril na Fox.

Números

US$ 500 milhões

Faturamento de Matt Groening, criador da animação Os Simpsons

25 anos
Quantidade de Emmys, maior prêmio da TV norte-americana, ganhos pela série em suas 24 temporadas

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