Presidente Dilma quer nomear 34 novos ministros
em duas semanas
Embora com 34 das 39 pastas ainda em aberto, a presidente Dilma Rousseff pretende concluir a reforma ministerial até 18 de dezembro, data da diplomação dela e do vice-presidente Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o segundo mandato. Isso significaria nomear dois ministros por dia até a data considerada ideal. A ideia, contudo, de fechar as negociações com o PMDB ainda esta semana está frustrada. A presidente viajará para a reunião da Unasul, no Equador, amanhã, e o vice-presidente estará no México no início da próxima semana.
A questão é que, no caso do PMDB, fora a definição de que serão dados seis ministérios para o partido, a legenda ocupa atualmente cinco pastas, ainda não está totalmente definida a dança das cadeiras. A senadora Kátia Abreu recebeu R$ 350 mil de doações eleitorais da empresa comandada pelo produtor rural Marino José Franz, preso na Operação Terra Prometida, está confirmada para o Ministério da Agricultura e o atual ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, permanecerá no cargo.
As demais opções é que seguem em aberto. É praticamente certa a indicação de Eduardo Braga (PMDB-AM) para o Ministério de Minas e Energia. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), quer se tornar ministro da Integração Nacional, mas poderá ter de se contentar com a Previdência. Alves era padrinho político do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs) Elias Fernandes Neto, que deixou o posto no início de 2012, após ser acusado de direcionamento de verbas de Defesa Civil para seu estado, o Rio Grande do Norte, e de ter desviado R$ 312 milhões dos cofres da autarquia. “Ele já vai assumir com as pessoas lembrando esse episódio. É um desgaste desnecessário”, afirmou um cacique peemedebista.
Afilhado do vice-presidente Michel Temer, o deputado Eliseu Padilha poderá ser nomeado para o Turismo. Um peemedebista de alta patente lembra que Padilha, que acabou não se reelegendo para a Câmara, é um hábil articulador político e poderá ajudar muito o governo na relação com o Congresso, missão que será espinhosa ao longo dos próximos anos.
Do Diario de Pe
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