Dono de jato usado por Eduardo Campos tenta
acordo para pagar estragos do acidente
As famílias e comerciantes prejudicados com a queda do jatinho do fabricante Cessna, que vitimou o ex-governador de Pernambuco e então candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB), no mês de agosto, em Santos, no litoral de São Paulo, começam a negociar, de forma extrajudicial, acordos de indenização com um dos donos da aeronave, o empresário pernambucano João Carlos LyraPessoa de Mello Filho. Os estragos com o acidente estão estimados em R$ 800 mil. As informações são da coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães, do jornal Folha de São Paulo desta segunda-feira (29).
Até o momento, apenas um acordo foi fechado e a indenização começou a ser paga em parcelas. O advogado de um dos donos do avião, Carlos Gonçalves Jr., destaca que o cliente está assumindo os prejuízos antes dos resultados das investigações da causa do acidente. “Ele está assumindo os prejuízos e se propondo a fazer as indenizações e depois vai atrás dos responsáveis pelo acidente, ao final das investigações”. Para acionar o seguro da aeronave, os imóveis precisam passar por perícias. Apenas uma academia não passou pelo procedimento, pois, o proprietário fez exigências não aceitas.
As negociações também seguem no mesmo ritmo com representantes de 33 famílias que ocupam dois prédios atingidos com a queda do avião, os edifícios Nossa Senhora de Lourdes e Jandaia. O advogado Luiz Alberto Arruda, responsável por intermediar as negociações com as 33 famílias, diz que alguns acordos propostos são razoáveis e tendem a ser fechados, enquanto outros ainda devem ser analisados na justiça por falta de consenso entre as partes. “Estamos conversando. Recebemos os valores que eles calcularam, passamos o que os clientes pedem e vamos decidir nas próximas semanas”.
A família do ex-governador de Pernambuco chegou a dar entrada no Ministério Público Federal para que o órgão intercedesse em eventuais indenizações para as vítimas do acidente. No mês de setembro, o irmão de Eduardo Campos, o advogado Antônio Campos, pediu ao Ministério Público que a fabricante Cessna, as seguradoras e a União fizessem a imediata reparação dos danos terrestres e pagamento dos seguros das vítimas. Ele solicitou que o pagamento das indenizações ocorram independentemente das ações cíveis e regressivas futuras.
Além do ex-governador Eduardo Campos, morreram no acidente o fotógrafo Alexandre Severo, o jornalista Carlos Percol, o assessor Pedro Valadares Neto e o cinegrafista Marcelo Lira. Os pilotos Geraldo da Cunha e Marcos Martins também morreram no acidente.
Do Diario de Pe
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