domingo, 28 de dezembro de 2014

As melhores rotas para as férias

Folha percorreu mais de 500 km nas principias rodovias que dão acesso às praias e traz a situação das vias

 - Tiago André Santos, da Folha de Pernambuco

Tiago/Arte
A chegada do verão e o começo das férias marcam o início da temporada de veraneio nos litorais Sul e Norte de Pernambuco. O período representa um aumento de até 20% no fluxo de veículos nas estradas que levam para as praias. Antecipando o que os condutores vão enfrentar, a Folha de Pernambuco percorreu mais de 500 km nas principais rodovias que dão acesso ao Litoral, traçando uma radiografia sobre a situação das pistas.
O primeiro roteiro realizado foi em direção ao Litoral Sul. Para deixar a área urbana, foram utilizadas as avenidas Mascarenhas de Morais e Estrada da Batalha, ambas em bom estado de conservação, tanto de asfalto quanto de sinalização. Ao chegar na BR- 101 Sul, o roteiro segue conservado, mas os motoristas precisam ficar atentos para a grande circulação de caminhões pesados, uma vez que a rota também leva até o Porto de Suape. É possível observar uma boa quantidade de remendos de operação tapaburaco. A rodovia só deixa a desejar na quantidade de placas de velocidade para orientar os motoristas sobre os limites permitidos. Quando entra na PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, a atenção deve ser voltada para as lombadas eletrônicas e sinais de trânsito. O ponto é, tradicionalmente, o principal gargalo da volta dos feriados.
Lucas Melo/Folha de Pernambuco
BR-101, principal via de acesso ao Litoral Norte, está com buracos e falhas na sinalização
A pista da rodovia estadual também está bem conservada, sem buracos ou depressões que possam danificar os veículos. O trajeto segue assim até o ponto que a PE-60 se tornar pista simples, quando os problemas aparecem. Em alguns trechos a sinalização está apagada e o asfalto com irregularidades, o que obriga o condutor a reduzir a velocidade.
O trecho urbano que passa pela cidade de Ipojuca também é confuso. Há acessos para a rodovia sem área de aceleração, o que requer atenção redobrada. Após passar a entrada da PE-38, a rodovia PE-60 segue com pouca sinalização e inúmeras curvas acentuadas. O único elemento que alerta o condutor para a possibilidade ou não de ultrapassagem é a faixa divisória de pista, mas até essa está apagada em certos trechos.
Para chegar a Porto de Galinhas é preciso pegar a rodovia PE-38, que está com a manutenção em dia, garantindo um trajeto tranquilo até o balneário.
ALTERNATIVAS
    Para chegar às demais praias do Litoral Sul, como Tamandaré e São José da Coroa Grande, o condutor tem a opção de seguir em frente pela BR-101 e acessar a PE-73, na altura do município de Ribeirão. Pela rodovia estadual, o motorista vai seguir até a PE- 60 na altura de Rio Formoso, porém a via apresenta problemas, com muitos buracos e sem sinalização adequada.
    Leo Motta
    Quem optar por pagar pedágio contará com asfalto conservado e boa sinalização
    PEDÁGIOS
    Os condutores que estão dispostos a pagar um pouco a mais para chegar no destino final, garantindo mais segurança e agilidade, podem optar por acessar as vias pedagiadas sentido Litoral Sul. O primeiro trajeto, a Rota dos Coqueiros, que começa em Barra de Jangada, em Jaboatão, encurta a viagem, principalmente para quem desejar ir para praias como Gaibu e Calhetas. A outra rodovia que só pode ser acessada mediante pagamento de pedágio é a Rota do Atlântico, que segue da PE-28, no Cabo, até a PE-38, em Nossa Senhora do Ó, Ipojuca. Além do asfalto conservado, boa sinalização e serviços de resgate em caso de acidentes.
    Os preços mudam de acordo com a categoria do veículo, mas os carros de passeio pagam o valor de R$ 4,70 de segunda a sexta e R$ 7 sábados e domingos na Rota dos Coqueiros. Já o acesso para a Rota do Atlântico, que teve o preço reajustado neste mês, custa R$ 5,60 todos os dias. Entre as duas vias pedagiadas está a PE-28. O asfalto na rodovia estadual está em boas condições, mas o condutor deve ficar atento, pois a via é de pista simples, existem diversas curvas fechadas e sem sinalização que avisem dos riscos.
    NORTE
    Se o destino for o Litoral Norte, é preciso paciência. A BR-101 tem problemas antigos: trechos com asfalto danificado e lentidão provocada pelo acesso da rodovia por dentro do perímetro urbano da cidade de Abreu e Lima. O trecho é conturbado com o comércio, lombadas físicas e movimentação de pessoas.
    Se o destino for as praias do Janga, Marinha Farinha e Pau Amarelo, em Paulista, o condutor tem a opção de seguir pela PE-01, a continuidade da avenida Carlos de Lima Cavalcanti, em Olinda. Por conta da área urbana, o tráfego é intenso, com muitas interferências como sinais e cruzamentos. A situação do asfalto é regular, mas o tráfego complica pois a pista é simples. Outra opção é seguir pela PE- 15 e na sequência a PE-22, que é uma via duplicada e com o asfalto em bom estado de conservação.
    O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Pernambuco informou que contratou uma empresa para efetuar obras de recuperação do pavimento, da pista e acostamentos na BR-101 Norte, referente ao trecho que vai do km 41,4 (acesso a Igarassu/PE-35) ao km 51,6 (Paulista). Atualmente, os serviços de tapaburacos estão sendo executados no sentido Goiana-Recife, enquanto que no sentido contrário já foram concluídos. Após isso, será dado início ao recapeamento (restauração) do pavimento, cujo término está previsto para o im do próximo ano, momento este em que será implantada nova sinalização em todo o trecho.

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