Três empresas que atuavam no Nordeste são investigadas pela PF por lavagem de dinheiro
Entre as empresas está o Pernambuco dá Sorte, que teve a comercialização suspensa
Divulgação/PF
O terceiro esquema investigado foi o da venda de títulos de capitalização lesando os compradores dessas cartelas. A atividade era feita pelo Grupo dá Sorte, que, no Estado, operava o Pernambuco dá Sorte, com empresas em mais oito estados. Segundo a PF, a fraude consistia no desvio do dinheiro que deveria ser revertido para instituições beneficentes. A verba arrecadada deveria ter 50% dos valores encaminhados, mas apenas 1,67% do valor era, de fato, repassado. Constatou-se que o dinheiro era encaminhado ao Instituto Ativa Brasil, em Belo Horizonte, que era uma empresa do próprio grupo.
Segundo o delegado de combate ao crime organizado da PF, Bernardo Torres, mais de R$ 500 milhões deixaram de ser encaminhados para a entidade. Por conta da fraude, a venda dos títulos da Pernambuco dá Sorte foram suspensas, inclusive as do sorteio do próximo domingo (16). Os suspeitos podem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, por contrabando, jogos de azar e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas ultrapassam o limite de 30 anos.
Estavam previstos cumprimento de 12 mandados de prisão temporária e 24 preventivas, 57 de busca e apreensão, 47 de sequestro de valores, bens de imóveis, automóveis e embarcações. Até o início da noite, a PF não tinha divulgado o balanço final da ofensiva. A operação contou com o apoio da Receita Federal e da Secretaria de Defesa Social (SDS).
Grupo contesta
Os advogados Alexandre Lustosa e Carolina Amorim, que representam a Pernambuco dá Sorte, vão recorrer das ações nesta quinta-feira (13). Eles vão entrar com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) em favor das pessoas do grupo que tiveram a prisão temporária decretada. O jurídico também estuda entrar com um mandado de segurança para garantir o retorno das atividades da Pernambuco dá Sorte. “Só tivemos acesso ao processo depois das 16h, um tempo curto para analisar tudo. A decisão causou surpresa, pois já existem outros processos do tipo e as decisões estão sendo favoráveis às instituições. Estamos confiantes que vamos reverter a decisão”, disse Alexandre.
Os advogados Alexandre Lustosa e Carolina Amorim, que representam a Pernambuco dá Sorte, vão recorrer das ações nesta quinta-feira (13). Eles vão entrar com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) em favor das pessoas do grupo que tiveram a prisão temporária decretada. O jurídico também estuda entrar com um mandado de segurança para garantir o retorno das atividades da Pernambuco dá Sorte. “Só tivemos acesso ao processo depois das 16h, um tempo curto para analisar tudo. A decisão causou surpresa, pois já existem outros processos do tipo e as decisões estão sendo favoráveis às instituições. Estamos confiantes que vamos reverter a decisão”, disse Alexandre.
Ainda segundo o representante, mais esclarecimentos serão dados após a análise de todo o material. Em nota, a assessoria jurídica pontuou também que o título de capitalização tem respaldo legal de legislação federal que rege o segmento sobre o direito de resgate ao Instituto Ativa Brasil e o sorteio de prêmios semanais, que são auditados por auditores independentes. Foi informado, ainda, que os recursos das vendas do título de capitalização beneficiam diversas entidades e ações sociais, como a AACD, a Creche Comunitária Nossa Senhora de Boa Viagem Entra A pulso, a Associação Lar do Neném, entre outros projetos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário