sábado, 29 de novembro de 2014

Casos de câncer de pele aumentam e preocupam especialistas


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A cada ano as campanhas educativas sobre a importância de evitar a exposição em excesso ao sol ganham mais força. Apesar disso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), sozinho, o câncer de pele apresenta mais casos no Brasil do que outros 17 tipos da doença.
Atenta a isso, há 15 anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia estipulou que 29 de novembro deve ser lembrado como o Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele. Neste sábado, inclusive, todas as cidades brasileiras realizarão atendimentos gratuitos. No Recife, haverá um mutirão de atendimento à população das 9h às 15h, com médicos realizando exames no Parque 13 de Maio, na área central da cidade. Além dos testes, haverá atividades educativas sobre hábitos e medidas para uma exposição solar segura em todas as idades.
Para a dermatologista Cláudia Magalhães,mesmo com as conscientizações, as estatísticas desse tipo de tumor só têm crescido e mitos sobre o tema devem ser esclarecidos. “Nós [dermatologistas] já chegamos a um consenso de que não existe mais um horário saudável para se expor ao sol. No máximo, pode se dizer que aqui no Nordeste o sol é menos agressivo até as 7h e após as 15h30. Mesmo assim, deve-se estar muito bem protegido com protetor solar e boné, por exemplo”, ressalta a especialista.
O funcionário público Aldo Portela, 55 anos, sentiu na pele o quanto a exposição excessiva ao sol pode ser danosa à saúde. “Há cerca de 20 anos eu gostava muito de caminhar na praia e mexer no jardim da minha casa. Usava apenas um boné e uma camiseta, dificilmente passava protetor solar. Mas um dia senti um ardor na pele – entre o pescoço e a orelha – e resolvi procurar um dermatologista”, relembra Aldo que logo foi encaminhado para um procedimento de retirada da lesão.
“A médica alertou que se tratava de um Carcinoma Basocelular (CBC), um câncer maligno que cresce lentamente. É menos grave, mas não menos perigoso. O tratamento foi rápido e, desde então, tenho tido um pouco mais de cuidado com a minha pele. Mas admito que não me protejo tanto quanto deveria”, revela o funcionário público.
O cuidado com a pele é algo que a funcionária pública Ilka Bezerra, 45, não abre mão. “Minha tia teve uma morte feia por causa do câncer de pele. O enterro teve que ser em caixão fechado porque ela teve que tirar várias partes do rosto por causa da doença. Minha mãe também teve que remover alguns sinais no rosto, deixando cicatrizes”, conta ela ao explicar seus motivos para ser atenta aos perigos dos carcinomas.
Ilka é do tipo de pessoa que não abre mão de um bom – e forte – protetor solar, óculos escuros e chapéu para se proteger dos raios UVA e UVB. Recentemente ela aderiu às roupas como proteção contra os raios ultravioleta. “É um custo que eu não abro mão. Quando o assunto é minha saúde eu prefiro abrir mão de outro investimento para ter o melhor”, comenta a funcionária pública.
A médica Cláudia Magalhães, por sua vez, alerta que o alto custo dos protetores solares e roupas dermatologicamente testadas é uma das causas para que a maioria dos casos de câncer de pele se concentre entre as pessoas de classe social baixa. “Além de estarem mais expostas ao sol nos deslocamento para o trabalho, ou por trabalharem sob o sol, nem todo mundo tem condição de comprar um bom protetor solar, uma camisa UVA ou UVB e ainda tomar medicação que repõe a vitamina D, que nosso corpo produz durante a exposição solar”, destaca a especialista.

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