VICTOR FERREIRA/FOLHA PE
Apesar do pouco tempo que teve para conhecer a sua nova equipe, o técnico Marcelo Martelotte já inovou na sua estreia pelo Náutico, fazendo alterações nas laterais. Apesar do baixo rendimento de Luiz Eduardo, improvisado na esquerda, ele contou com a ansiedade do Santos para que o seu time fizesse uma boa partida e, por pouco, não saísse da Vila Belmiro com uma vitória. O jogo acabou empatado, em 1×1. Os gols foram marcados por Maikon Leite e Cícero. O Santos subiu um posição na tabela, chegando à 6ª, com 33 pontos, ainda a seis do G4. Já o Timbu, agora com 11 pontos, segue afundado na lanterna da Série A. O próximo compromisso alvirrubro será no sábado, diante do Coritiba.
O Timbu começou o jogo bastante pressionado pela equipe do Santos. O Peixe chegava muito bem pelo lado direito de ataque, sempre com jogada pelas costas do zagueiro Luiz Eduardo, que atuou de maneira improvisada na lateral esquerda. O momento de maior superioridade do Alvinegro Praiano foi entre os 10 e os 20 minutos da primeira etapa. A equipe teve três bolas seguidas com chances de abrir o placar na Vila Belmiro, mas não aproveitou. Todas elas saíram de jogadas pelo lado direito, mas a equipe falhava muito na hora das finalizações. Com a facilidade em chegar ao ataque, os santistas passaram a acreditar que venceriam o lanterna da competição de qualquer maneira. Como o tempo passava e o gol não chegava, a equipe foi demonstrando ansiedade. A partir daí, os jogadores passaram a errar muitos passes, até de pequena distância. A torcida foi perdendo a paciência e quem aproveitou o momento foi a equipe do Náutico.
O Timbu teve mais espaço para criar as jogadas, mas faltava criatividade à equipe, que só tinha Tiago Real como responsável pela armação das jogadas. Como nas outras partidas, porém, o atleta não vinha correspondendo. Até que, no fim da etapa inicial, o atacante Rogério descobriu que o lado esquerdo era o melhor para penetrar na defesa adversária. Mas o resultado não vinha já que o jogador sempre errava nas finalizações. O goleiro Aranha não teve nenhum trabalho no primeiro tempo.
Na segunda etapa, o Náutico voltou mais disposto. O técnico Claudinei Oliveira mexeu no Santos, mas a alteração na surtiu efeito. Pelo contrário, o Náutico ganhou mais espaço dentro de campo e criou mais oportunidades. A grande chance do jogo, entretanto, Rogério perdeu de maneira inacreditável. O zagueiro Mena errou a saída de bola e Maikon Leite, o melhor jogador do Náutico em campo, roubou a bola e cruzou rente à linha de fundo para Rogério apenas empurrar para o gol, que já estava livre, sem Aranha para impedir. Mas ele mandou por cima da trave.
O gol que tirou o zero do placar saiu aos 37 minutos, dos pés de um atleta que chegou a ser oferecido pelo Náutico ao Palmeiras na semana passada: Maikon Leite. Quis o destino que ele não fosse aceito no ex-clube (ao qual ainda pertence contratualmente, embora esteja emprestado ao Timbu). Com a chegada de Martelotte, ele voltou a ter chance na equipe titular e foi o melhor em campo na Vila Belmiro. Após várias tentativas ganhando na velocidade para Mena, ele chutou com força no canto do gol de Aranha e abriu o placar. Dois minutos depois, porém, Cícero bateu uma falta com perfeição, no ângulo direito de Gideão, que não teve chances de pegar a bola. Depois do empate, o árbitro, que deixou de marcar um pênalti para o Náutico e beneficiou o Santos em algumas faltas, deu cinco minutos de acréscimo. O Peixe pressionou, mas não conseguiu virar o jogo.
1 – Logo aos 3 minutos, Montillo serviu Cícero, que tabelou com Willian José. Giva aproveitou a sobra e chutou forte, mas a bola passou à direita do gol de Gideão.

2 – Momento de pressão alvinegra. Aos 13 minutos, Cícero aproveita cruzamento de Mena, mas cabeceia fraco e a bola sai pela linha de fundo

3 – Num lance de muita velocidade, Montillo puxou um contra-ataque aos 17 minutos, em parceria com Cícero, que cruzou para a área, tentando achar Cicinho, mas Luiz Eduardo chegou, de carrinho, para tirar a bola.

4 – Depois de algumas investidas pelo lado esquerdo, Rogério recebeu aberto aos 40 minutos do primeiro tempo, cortou para dentre, viu espaço e bateu para o gol. Ele escorregou na hora do arremate e, por isso, facilitou o trabalho do goleiro Aranha.

5 – Rogério perdeu um gol de maneira inacreditável. Sem goleiro, o atacante alvirrubro errou em baixo da trave. O lance iniciou com uma roubada de bola pela ponta direita, depois do passe errado de Mena. Maikon Leite cruzou rente à linha de fundo e Rogério perdeu a grande chance do jogo para o Timbu.

6 – O Náutico chegou com perigo mais uma vez aos 10 minutos da segunda etapa. Maikon Leite disputou e ganhou na velocidade para o zagueiro Mena. O atacante alvirrubro chutou forte, para fora. A bola chegou a balançar as redes de Aranha, mas pelo lado de fora.

7 – O Santos teve uma falta perigosa para bater aos 21 minutos do segundo tempo. Cícero bateu com categoria e a bola passou raspando o travessão de Gideão.

8 – Maikon Leite aproveitou uma boa jogada de Maranhão aos 25 minutos do segundo tempo, pela direita, e deu um toque de leve por baixo da bola. Ela resvalou no travessão e foi para fora.

9 – Aos 37 minutos do segundo tempo, Maikon Leite, mais uma vez, ganhou na velocidade para o zagueiro Mena. Desta vez ele chutou forte, com categoria, no canto do gol de Aranha, e abriu o placar na Vila Belmiro. Náutico 1×0.

10 – Cícero empatou para o Santos aos 39 minutos do segundo tempo, numa cobrança perfeita de falta, no ângulo direito de Gideão.
SANTOS 1×1 NÁUTICO

Santos

Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Gustavo Henrique e Mena; Alison, Renê Júnior (Léo Cittadini), Cícero e Montillo (Leandrinho); Giva (Gabriel) e Willian José. Técnico: Claudinei Oliveira

Náutico

Gideão; Maranhão, João Filipe, Leandro Amaro e Luiz Eduardo (Dadá); Elicarlos, Martinez, Derley e Tiago Real; Rogério (Hugo) e Maikon Leite (Olivera). Técnico: Marcelo Martelotte

Local: Vila Belmiro (Santos)
Árbitro: Francisco Carlos do Nascimento (AL).
Assistentes: Thyago Costa Leitão (PI) e Gean Carlos Menezes de Oliveira (RR).
Gols: Maikon Leite, aos 37, e Cícero, aos 39 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Giva, Leandrinho (S), Maikon Leite, Derley, Leandro Amaro e Maranhão (N).
Renda: R$ 122.701,00
Público: 5.108
fonte folha pe