quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Hospital Oswaldo Cruz realiza simulação de atendimento a paciente com ebola

Treinamento envolveu médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde

- Emília Lucena, da Folha de Pernambuco

Peu Ricardo/Folha de Pernambuco

Apesar de possibilidade de o vírus chegar ao Estado ser remota, equipes estão sendo preparadas
Apesar de os especialistas frisarem com veemência ser muito remota a chance de o vírus ebola chegar ao Brasil, as autoridades médicas do Estado estão em alerta e prontas para enfrentar a doença, que já vitimou mais de duas mil pessoas na África, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Na tarde desta quinta-feira (11), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), ligado à Universidade de Pernambuco (UPE), realizaram uma simulação de como proceder no caso de suspeita de uma pessoa chegar ao Estado por via área ou marítima.
A simulação, de acordo com o Protocolo da Vigilância à Saúde do Ministério da Saúde, serviu para capacitar os agentes de saúde, que podem fazer o acolhimento do paciente até chegar aos profissionais do Huoc, que é referência no tratamento de enfermidades infectocontagiosas. Foram capacitados médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e em laboratório e auxiliares de serviços gerais do hospital.
O treinamento começou com o chamado da Vigilância Sanitária, já alertada da suspeita de um passageiro de navio ou avião com sintomas da doença. De acordo com o protocolo, o primeiro passo é vestir um tipo de luva para os pés, luvas e macacão branco. Esses equipamentos devem ser fixados com fita adesiva. Depois o profissional vai colocar máscara, óculos, capacete e capuz. Todos os materiais descartáveis, depois de usados, são acondicionados para serem incinerados. Os não descartáveis serão desinfetados em uma solução de hipocloreto a 1%.
    O paciente deve ser transportado unicamente pelo Samu para o Huoc, onde, segundo o infectologista e coordenador do projeto, Demétrius Montenegro, o doente será tratado no setor de isolamento da unidade para ser estabilizado enquanto aguarda a vinda de outra equipe médica do Ministério da Saúde, responsável por levá-lo para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas/Fiocruz, no Rio de Janeiro. “Dependendo da situação do paciente, ele poderá na mesma hora que desembarcar no Recife seguir direto para o Rio de Janeiro, sem necessidade de seguir ir para o Huoc”, explicou, acrescentando ser muito pequena a chance de registro da doença no Brasil.

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