quinta-feira, 22 de maio de 2014

Após sete anos de Eduardo Campos, CNJ diz que presídio Aníbal Bruno é o pior do Brasil: “verdadeira favela”

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Foto: reprodução internet
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão do Poder Judiciário presidido pelo ministro Joaquim Barbosa, realizou mais uma inspeção no presídio Aníbal Bruno, em Pernambuco, esta semana.
Segundo o juiz José Braga Neto, que liderou a fiscalização, o Aníbal Bruno é o pior presídio do Brasil. Para o magistrado, as condições do Aníbal Bruno pioraram, desde a última visita do CNJ, em 2011.
A situação do presídio Aníbal Bruno contrasta com as fortes críticas feitas por Eduardo Campos (PSB) ao presídio de Pedrinhas, no Maranhão, governador por Roseana Sarney (PMDB). Na ocasião, o presidenciável disse que Pedrinhas “virou faculdade do crime. Está aí a crise nos presídios do Maranhão mostrando que este tema precisa entrar definitivamente na pauta do país e ser discutido em busca de soluções mais eficientes”, criticou Eduardo, via Facebook. Várias mortes entre presos, no Maranhão, chocaram o país, levando Eduardo a dar estas declarações contra a gestão de Roseana Sarney.
O que não sabia Eduardo Campos é que Pedrinhas não era o pior presídio do Brasil, segundo o CNJ, mas sim o Aníbal Bruno, sob sua gestão, na data das suas próprias críticas.
No último mutirão realizado pelo CNJ em Pernambuco, em 2011, foram verificadas superlotação e insalubridade nas instalações do Aníbal Bruno, além de cerca de 4900 detentos. Esta semana, foram encontrados 6862 detentos, tendo o presídio oficialmente 1466 vagas. Apesar destes números, por si só, apontarem uma superlotação, o CNJ questiona esta informação de 1466 vagas, pois para inflacionar o número, a administração da unidade passou a “computar como vagas os buracos improvisados nas paredes”, segundo o CNJ.
“O Estado [DE PERNAMBUCO]tem o controle da parte externa, e da entrada pra dentro quem comanda são os presos. E, com isso, mesmo em estado de miséria, mantém uma certa estabilidade”, disse o juiz José Braga Neto, do CNJ.
Para o magistrado, o Aníbal Bruno deveria ser interditado. “Interditar seria sem dúvida o ideal, mas e essas pessoas iriam para onde? O sistema prisional do Estado é caótico em todas as unidades. Espero que esse momento seja um princípio de uma virada, que sirva de estímulo para os governantes”, afirmou. O magistrado disse, ainda, que os presos vivem em situação insalubre.
(Com informações do CNJ e UOL)

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