sexta-feira, 22 de agosto de 2014

PARALISAÇÃO

Sexta começa com paralisação dos rodoviários e paradas lotadas

Revoltada com a suspensão do reajuste de 10% no aumento nos salários, a categoria resolveu fazer um protesto e não colocou os coletivos nas ruas



Do JC Online

Paradas na Avenida Doutor José Rufino estão lotadas / Foto: Diogo Menezes/JC

Paradas na Avenida Doutor José Rufino estão lotadas

Foto: Diogo Menezes/JC


A sexta-feira (22) começou complicada para quem depende de ônibus para se deslocar. Revoltada com a suspensão do reajuste de 10% no aumento nos salários, a categoria resolveu fazer um protesto e não colocou os coletivos nas ruas. Com isso, as paradas de ônibus em diversos pontos do Grande Recife estão completamente lotadas. Todos os terminais integrados da Região Metropolitana estão fechados. No Terminal Integrado de Xambá, o portão foi derrubado para impedir que coletivos entrem e saiam do local. Revoltados, alguns passageiros atearam fogo em pneus e fecharam a Avenida Presidente Kennedy, em Peixinhos. No Terminal Integrado da Macaxeira também houve confusão, com fogo em pneus. Seis viaturas da polícia foram ao local.

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O sindicato dos rodoviários garante que a paralisação desta sexta-feira não foi decidida em assembleia, já que o aumento foi revogado na tarde de ontem e não houve tempo da categoria realizar uma assembleia e decidir se iria paralisar ou não. Segundo contam, foi uma decisão exclusiva dos motoristas e cobradores. O sindicato confirma que vai entrar com um recurso para que o aumento volte aos 10%.
O aumento foi revogado na tarde de ontem. O reajuste havia sido concedido a motoristas, cobradores e fiscais de ônibus da Região Metropolitana do Recife pelo Pleno do Tribunal Regional da 6ª Região (TRT-PE) em 30 de julho. Ontem, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Barros Levenhagen acatou o pedido liminar do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Pernambuco (Urbana-PE) por entender que o reajuste concedido ficou fora dos limites do poder normativo da Justiça do Trabalho. Com a decisão, o salário de motorista passa a ser de R$ 1.700,30; o de cobrador, R$ 782,59; e o de fiscal ficará em R$ 1.100,17.
Pelo Facebook do Jornal do Commercio (facebook.com/JCJornaldoCommercio) muita gente tem reclamado da falta dos coletivos. "Passei 40 minutos na parada e perdi a consulta médica do meu filho", disse a internauta Socorro Costa. A internaua Carolina Rodrigues afirmou estar esperando a 1h30 em uma parada de Boa Viagem e não passa coletivo.
"Moro na Vila Tamandaré e lá o fiscal avisou logo que não teria ônibus no terminal de lá. Vim andando para a Avenida José Rufino na esperança de conseguir pegar um ônibus. Pego no trabalho às 7h. São 6h30. Estou aqui na parada há 40 minutos e não passou nada. Vou chegar atrasado", disse um passageiro que aguardava na parada embaixo do viaduto Tancredo Neves, na Estância, Zona Oeste do Recife. Ele trabalha na Imbiribeira.
Um casal que não quis se identificar e mora em Jardim São Paulo, também na Zona Oeste da capital, estava na mesma parada. "Viemos andando de Jardim São Paulo até aqui (cerca de 30 minutos a pé). Não está passando nada", disse ela.
Na frente da empresa Caxangá, em Jardim Brasil I, Olinda, todos os motoristas e cobradores se amontoaram na frente da garagem em protesto. O mesmo aconteceu na frente da empresa Metropolitana, em Sucupira, Jaboatão dos Guararapes.
Mais informações em instantes

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