segunda-feira, 16 de junho de 2014

Trio de canibais irá a júri popular em outubro

Suspeitos serão julgados pelos crimes de homicídio, vilipêndio e ocultação de cadáver

16/06/2014  - Domingos Sávio, do FolhaPE

Jedson Nobre/Folha de Pernambuco

Trio assassinou Jéssica Camila, esquartejou o corpo da vítima e separou partes do cadáver para consumo
Os réus Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Cristina Torreão e Bruna Cristina Oliveira, que ficaram conhecidos internacionalmente após terem atos de canibalismo divulgados pela imprensa, irão a júri popular pelo homicídio quadruplamente qualificado, vilipêndio (profanar, desrespeitar ou ultrajar um cadáver) e ocultação do cadáver de Jéssica Camila da Silva Pereira às 09h do próximo dia 20 de outubro deste ano. A decisão foi tomada pela Vara do tribunal do Júri da Comarca de Olinda na última sexta-feira (30) e divulgada para os veículos de imprensa nesta segunda-feira (16).
Em 2008, os réus assassinaram Jéssica Camila da Silva Pereira, então com 17 anos de idade, partiram o corpo da adolescente em pedaços, guardaram a carne do corpo para consumo humano e ocultaram os demais restos mortais da vítima. Além disso, uma das responsáveis pelo crime, Bruna Cristina, assumiu a identidade da adolescente morta e passou a criar a filha da vítima em conjunto com Jorge e Isabel.
Quando morta, Jéssica residia no loteamento Boa Fé-I, em Rio Doce, Olinda. Dentre as infrações que qualificam o crime, estão: morte por motivo fútil, com emprego de meio cruel e sem dar chance de defesa à vítima; e ocultação de indícios para obter impunidade.
Relembre o caso
O trio canibal, na época da prisão residente na cidade de Garanhuns, é suspeito de pelo menos três assassinatos. Em investigação, a polícia encontrou dois corpos esquartejados enterrados no quintal da casa dos suspeitos. Em depoimento, a mulher de Jorge Beltrão, Isabel Cristina Pires, disse que vendia coxinhas, empadas, entre outros salgados, feitos com a carne das vítimas que matava. A carne era congelada, desfiada e também era utilizada para alimentar a família. A suspeita era ambulante e comercializava os itens em diversas partes de Caruaru e Garanhuns, ambas no Agreste de Pernambuco.

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