Bruno Campos/Folha de Pernambuco
Maria da Silva incrementou o estoque de roupas juninas com as cores da seleção
O feriado de São João ainda não chegou oficialmente, mas os preparativos para a tradicional festa junina já começaram na Capital pernambucana. E neste ano, as comemorações têm um toque especial, já que os jogos do mundial também acontecem na mesma época. Quem passa pela avenida Dantas Barreto, na área Central do Recife, já pode ver várias barracas montadas com acessórios e peças de roupa trabalhados nas cores da bandeira do Brasil, em alusão à Copa do Mundo.
Apesar de todos os olhos estarem voltados para o mundial, a expectativa dos comerciantes para um aumento de vendas é a melhor possível. “Temos aí um campeonato mundial que vai sacudir o São João do País todo e aqui (no Recife) essa movimentação não pode ser diferente. Inclusive, preparamos um estoque variado de roupas com detalhes em verde e amarelo para deixar todo mundo no clima”, garantiu a vendedora Maria Conceição da Silva, que trabalha no setor de vestuário há mais de seis anos.
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Pereira espera aumento de 60% nas vendas em comparação com o ano passado
Segundo ela, o estande está montado desde a semana passada e, até o momento, 20 vestidos já foram vendidos. Os preços variam de R$ 50 a R$ 70. Já os acessórios, como diademas e fivelas para cabelo, vão de R$ 5 a R$ 8. “Os clientes estão buscando mais os produtos com as cores da seleção brasileira, mas há também os modelos tradicionais para quem preferir”, acrescentou Conceição. A expectativa é que o faturamento aumente em 50% em relação ao ano passado.
A mãe de Camilly dos Anjos, a dona de casa Cleidiane Maria, aproveitou o preço para garantir a roupa junina para a filha e, como a maioria dos clientes, optou pelo verde e amarelo.”Como a minha filha vai ser rainha do milho na escola, ela merece o vestido mais bonito de todos e ainda nas cores do Brasil”, brincou. “Já olhei vários. Em comparação aos shoppings, os preços no Centro estão muito mais em conta”, observou Cleidiane.
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Lima acredita que movimento deve crescer muito nos dias 23 e 24 deste mês. Ele vende lenha há 10 anos, em Santo Amaro
Além dos trajes juninos, a fogueira e a queima de fogos também são alguns dos principais itens que não podem faltar durante os festejos. E é nessa época que o ambulante José Marcos de Lima, 46 anos, aproveita a oportunidade para abastecer o estoque de lenha, a fim de garantir um extra nos lucros. “Nesse primeiro momento, a procura por lenhas está bastante fraca. Mas, nos dias 23 e 24, creio que a demanda de clientes vai aumentar, já que muitos turistas também vão brincar o São João junto com a gente”, acredita ele, que comercializa o produto, há dez anos, em uma praça do bairro de Santo Amaro. Para este ano, Lima espera vender lenha suficiente para fazer 50 fogueiras, um quantitativo de 20 a mais em relação ao ano anterior.
Já os vendedores de fogos acreditam que quanto mais gols o Brasil fizer, maior será o retorno financeiro. Em busca de “incendiar” essas vendas, os donos de lojas especializadas querem aproveitar a época que coincide com o São João para ter um aumento entre 20% e 60% em relação ao ano passado. “Para isso, eu aumentei o estoque de foguetes pirotécnicos, que são os que mais fazem sucesso entre o público, além dos traques de massa. Espero um aumento nas vendas de, pelo menos, 60%”, declarou Walter Pereira, de 81 anos.
Vendendo fogos há mais de 15 anos, Cristiano Valença também está esperançoso quanto aos lucros. “Inclusive, vou esticar o horário entre os dias 23 e 24 para vender o máximo possível. Abrirei às 6h e só fecharei até atender o último cliente”, disse. Entre os fogos vendidos por Valença estão os tradicionais traques de massa e palitinhos, bem como os fogos conhecidos como ‘chuvinha’, vulcão e ‘peido de veia’.
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