TRÂNSITO
Adiada abertura de novo trecho da Via Mangue
Nesta segunda-feira, estava prevista a liberação do trecho entre a Avenida Antônio Falcão e Henrique Capitulino, no sentido subúrbio/Centro
Do JC Online
Trecho leste ainda não conta com calçadas, ciclovia e sinalização
Diego Nigro/JC Imagem
Os atrasos na conclusão da Via Mangue, corredor expresso que tem aliviado o acesso à Zona Sul do Recife, continuam. Ontem, pelo cronograma oficial divulgado pela própria prefeitura em maio, deveria ter sido aberta ao tráfego de veículos a primeira parte da pista leste da avenida, um trecho com aproximadamente um quilômetro, que funcionaria no sentido subúrbio-Centro. Desde que foi parcialmente inaugurada, a Via Mangue apenas vai, mas não volta, ou seja, funciona unicamente no sentido Centro-subúrbio. O trecho que seria inaugurado ontem começaria na Avenida Antônio Falcão e seguiria até a Rua Henrique Capitulino (continuação da Rua Dr. José Maria de Miranda), em Boa Viagem. Pelo menos, por enquanto, não há prazo certo para a liberação.
A Prefeitura do Recife está sem dinheiro em caixa para finalizar os serviços. São poucos, perto do montante de obras executadas até agora no corredor, mas fundamentais para não comprometer a circulação na pista leste da via, que já teve sua funcionalidade comprometida porque vai operar apenas parcialmente no sentido subúrbio-Centro.
Devido ao gargalo criado com a obra incompleta do túnel da Rua Manoel de Brito, que passa sob a Avenida Herculano Bandeira, no Pina, a pista leste do corredor viário não poderá funcionar como binário. Em maio, quando foi apresentado o plano de mobilidade da Via Mangue, a prefeitura mostrou, guiada por estudos, que se o tráfego fosse liberado no sentido subúrbio-Centro, toda a extensão da avenida viraria um grande congestionamento.
Faltam exatamente R$ 26 milhões, parte da contrapartida de R$ 81 milhões do município. A Via Mangue custou, até agora, R$ 431 milhões, sendo R$ 331 milhões referentes a empréstimos federais e R$ 19 milhões recursos diretos da União, além da contrapartida municipal. “Estamos buscando um novo empréstimo desde maio junto à Caixa Econômica Federal (CEF) e ainda não tivemos definição. Acreditamos que, em uma ou duas semanas, isso será resolvido. Não conseguimos cumprir o prazo da terceira fase, mas mantemos o mês de dezembro como data final para conclusão da Via Mangue”, argumenta o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos do Recife, Victor Vieira.
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