Dilma Rousseff nega mudanças na legislação
trabalhista em campanha eleitoral
Enquanto as pesquisas mostram que os brasileiros clamam por mudanças, os principais candidatos ao Palácio do Planalto enfatizam sempre que podem que carregam a bandeira da manutenção. Ontem, foi a vez de a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, dizer que “nem que a vaca tussa” ela fará alterações na legislação trabalhista, em férias e no 13º salário. Na terça-feira à noite, a candidata do PSB, Marina Silva, fez um apelo nos dois minutos de horário eleitoral na televisão para dizer que sabe o que é passar fome e, por isso, não acabaria com o Bolsa Família. O presidenciável do PSDB, Aécio Neves, também já teve que desmentir que acabaria com um programa social, o Mais Médicos.
Em momentos diferentes, os três entoaram discursos contra mentiras e calúnias. Acrescentaram ainda que não vão mexer no que está dando certo, assegurando à população que não há o que temer. Interlocutores próximos aos candidatos de oposição alegam que as campanhas adversárias apelam para o medo do eleitor, com o argumento de retrocesso. Quem está no governo diz que os concorrentes usam até da censura para calar a petista. A própria presidente disse ontem, em comício em Campinas, que “há muito ódio e mentira nesta eleição”.
Professor de filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e especialista em política, Denis Ronsefield discorda que o discurso da manutenção dos programas seja fruto da onda de ataques. Na avaliação dele, faltam aos candidatos colocarem ideias concretas para o debate. “Falam muito de generalidades e com argumentos contraditórios. O problema é que nenhum dos três coloca propostas para os próximos quatro anos. Por estar no governo, a presidente Dilma aposta na continuidade. Mas faltam ideias, ela não apresentou o plano de governo, o Aécio também não e a Marina apresentou generalidades e se desdisse”, justifica.
Para o cientista político da PUC Minas Malco Carmargos, a indefinição dos projetos dos candidatos é influenciada pela falta de clareza do eleitorado. “A população tem declarado que quer mudanças, mas não tem clareza sobre o que quer. Isso deixa as campanhas um pouco perdidas sobre como se posicionar na disputa. Se o eleitor tivesse clareza, os discursos poderiam ser mais diretos. Até quando ele aponta quem seria mais capaz de conduzir essa mudança, fala da situação e cita o ex-presidente Lula e a presidente Dilma”, analisa.
Ataques mútuos
Por outro lado, o especialista explica que o período eleitoral se dá pela discussão de temas ou pessoas. “Há o que denuncia a posição e o que tem que se posicionar por causa do adversário”, diz. Camargos destaca que, no pleito anterior, a privatização do Banco do Brasil com o tucano José Serra foi muito discutida. “Faz parte da retórica colocar o posicionamento do adversário sobre um tema, por isso, os ataques e a defesa”, pontua. Ainda de acordo com ele, a estratégia de garantir políticas de estado ou até mesmo uma legislação vigente já sólida, independentemente do autor, é fundamental. “É bom para a democracia que o candidato mostre que a proposta existe, independentemente do partido. O acirramento este ano é que está maior. São três lados, em vez de dois, o que abre espaço para mais ataques”, ressalta.
Por outro lado, o especialista explica que o período eleitoral se dá pela discussão de temas ou pessoas. “Há o que denuncia a posição e o que tem que se posicionar por causa do adversário”, diz. Camargos destaca que, no pleito anterior, a privatização do Banco do Brasil com o tucano José Serra foi muito discutida. “Faz parte da retórica colocar o posicionamento do adversário sobre um tema, por isso, os ataques e a defesa”, pontua. Ainda de acordo com ele, a estratégia de garantir políticas de estado ou até mesmo uma legislação vigente já sólida, independentemente do autor, é fundamental. “É bom para a democracia que o candidato mostre que a proposta existe, independentemente do partido. O acirramento este ano é que está maior. São três lados, em vez de dois, o que abre espaço para mais ataques”, ressalta.
As campanhas têm se armado para mirar nos dois principais adversários. Nas últimas semanas, a estratégia de Aécio foi associar Marina a Dilma, ao se lembrar do passado da socialista no PT e atacar o partido de oposição. Marina, assim como a presidente, também tem atirado nos dois presidenciáveis. A ex-ministra diz que do mesmo jeito que a petista criou um Brasil cinematográfico no horário eleitoral, o tucano também fala de uma gestão em Minas Gerais que não vê o Vale do Jequitinhonha.
A campanha de Dilma, por sua vez, diz que a proposta de Marina de autonomia do Banco Central será boa para os banqueiros e ruim para as famílias, assim como a petista disse que não mexeria nas leis trabalhistas, após a socialista cogitar a atualização da CLT, mas sem prejuízo aos direitos já conquistados. A petista também alfineta Aécio, ao dizer que em governos anteriores, em referência a época do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nomearam um engavetador-geral da República, que não fazia investigações.
Padilha ausente
A presidente Dilma Rousseff pediu ontem aos eleitores que respondam com verdades quando ouvirem mentiras dos adversários. “A verdade é uma só. A verdade é que este país mudou. Hoje, as pessoas têm muito mais oportunidade”, disse em Campinas. No interior de São Paulo, ela fez um comício e participou de um encontro com acadêmicos da Unicamp. O presidente do PT do estado, Emídio de Souza; o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho; e o ex-presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) Marcio Pochmann participaram dos eventos. O candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, foi representado pelo vice de sua chapa, Nivaldo Santana (PCdoB).
A presidente Dilma Rousseff pediu ontem aos eleitores que respondam com verdades quando ouvirem mentiras dos adversários. “A verdade é uma só. A verdade é que este país mudou. Hoje, as pessoas têm muito mais oportunidade”, disse em Campinas. No interior de São Paulo, ela fez um comício e participou de um encontro com acadêmicos da Unicamp. O presidente do PT do estado, Emídio de Souza; o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho; e o ex-presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) Marcio Pochmann participaram dos eventos. O candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, foi representado pelo vice de sua chapa, Nivaldo Santana (PCdoB).
Do Diario de Pe
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