Ocupação »Estudantes desocupam a reitoria da UFPE
Publicação: 05/12/2013 03:07
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Grupo fez manifestação na frente da reitoria antes de se afastar do prédio. Fotos: Nando Chiappetta/DP/D.a Press |
Após a saída dos manifestantes, a imprensa não teve acesso à parte interna do prédio, mas mesmo de fora foi possível ver que havia bebedouros, armários e caixas de ar-condicionado quebrados. Uma delegada da Polícia Federal, dois oficiais de Justiça e o major da PM Ivanildo Torres, que comandou as negociações, entraram na reitoria para averiguar o estado do prédio.
O grupo de estudantes ocupou a reitoria para protestar contra a contratação da empresa Ebserh, vinculada ao MEC, para atuar na gestão do Hospital das Clínicas da UFPE.
O clima na reitoria ficou tenso já no início da noite, após quase duas horas de uma tumultuada reunião entre estudantes e o reitor Anísio Brasileiro. Quando Brasileiro deixava o local, uma bomba explodiu no fundo do prédio, causando pânico. O reitor sair escoltado pelos seguranças da universidade.
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Manifestantes deixaram um rastro de bagunça no prédio |
A principal reivindicação do grupo é a anulação do resultado do conselho universitário, que aprovou, na última segunda-feira, a adesão da administração do Hospital das Clínicas à Ebserh.
Para os estudantes, o repasse da administração para a Ebserh significa a privatização da unidade de saúde, o que é negado pela reitoria. A empresa é pública, diretamente vinculada ao Ministério da Educação (MEC), constituída por recursos 100% públicos e submetida ao controle dos órgãos públicos. Ela tem como finalidade a prestação de serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à comunidade, assim como a prestação às instituições públicas federais de ensino.
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Policiais federais e delegada entraram no prédio após saída de estudantes |
A criação da empresa foi a solução apontada pelo governo federal para solucionar os problemas encontrados nos hospitais universitários federais de todo o país, tais como infraestrutura física precária, parque tecnológico desatualizado, insuficiência de recursos humanos, financiamento inadequado e dificuldades na gestão, o que também é o caso do Hospital das Clínicas.
fonte diario pe
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