Miguel Arraes discordaria de Eduardo, diz Marília
A vereadora Marília Arraes (PSB), que estará no palanque oposto ao dos socialistas nas eleições deste ano declarou, nesta segunda-feira (21), que Miguel Arraes discordaria do rumo tomado pelo PSB para estas eleições sob o comando de Eduardo Campos. “Se meu avô estivesse vivo estaria questionando muitas atitudes (de Eduardo Campos)”, afirmou Marília, complementando que muitas dessas atitudes sequer seriam tomadas com a presença de Miguel Arraes.
De acordo com ela, a condução política do PSB está sendo feita de maneira equivocada na busca do “poder pelo poder”. “Eu não concordo com o rumo que o psb tá tomando, em se juntar com a direita do estado de Pernambuco simplesmente para se manter no poder”, enfatizou a vereadora. Ela disse que não se sentiria confortável em dividir palanque com quem sempre foi seu adversário. “Estou do lado que a gente sempre esteve, que é a esquerda de Pernambuco”, ressaltou.
Em entrevista a uma rádio local, Marília afirmou que entra “por inteiro” no apoio a candidatura de Armando Monteiro (PTB) ao Governo do Estado, e da presidente Dilma Rousseff (PT) na busca pela reeleição presidencial. “Não voto em Eduardo Campos e essa minha posição não é isolada em nenhum ambiente que circulo”, disparou. Apontando incoerência socialista, ela afirmou que Armando Monteiro é a melhor opção de continuidade para Pernambuco, por estar inserido desde 2010 no desenvolvimento do estado. “Quem disse em 2010 que Armando era importante, e que era importante votar em Armando e Humberto Costa (como senadores) foi o governador Eduardo Campos”, ironizou.
Outro ponto abordado pela vereadora foi a declaração de Paulo Câmara de que ela “iria se arrepender” da decisão de apoiar Armando Monteiro. Ela afirmou que os socialistas têm tentado “criar esse clima de medo” em Pernambuco. “A partir do momento que o candidato responde que eu vou me arrepender, mostra que em primeiro lugar está o poder, a perpetuação do poder”, afirmou. Dentro do PSB a atitude de Marília é vista como um suicídio político, visão que, segundo Marília, está equivocada. “O que acaba carreira política é incoerência”, disparou.
Apesar das discordâncias com o primo, Marília apontou que a divergência não é familiar, e sim política. “A gente, dentro da família, sempre preservou as relações de familia e dividiu da relação politica. Pelo menos o costume sempre foi de se ter um respeito muito grande às opiniões”, ressaltou. “Isso na verdade é normal na democracia, não foi somente eu que discordei, algumas outras pessoas vem discordando com o modo que o partido vem sido conduzido”, disse.
Do Diario de Pe
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