sexta-feira, 11 de julho de 2014

A MÍSTICA DA 10 ARGENTINA EM COPAS


Publicado por Marcos Leandro jc
Foto: PEDRO UGARTE / AFP
Foto: PEDRO UGARTE / AFP
A Argentina chega a sua primeira decisão de Copa do Mundo pós Maradona. Com o maior camisa 10 da história da alviceleste, a seleção venceu o Mundial de 1986 e ficou com o vice em 1990. As duas finais foram contra os alemães, adversários de domingo, no Maracanã, no encerramento da Copa de 2014. O jejum de 24 anos sem alcançar a decisão foi quebrado como outro camisa 10 como condutor da seleção, Lionel Messi. 
 
Na sua terceira Copa do Mundo, Messi fez as pazes com a competição. Anotou quatro gols, todos na primeira fase, mas todos decisivos. O primeiro saiu na estreia, na apertada vitória por 2x1 sobre a Bósnia. O segundo, de fora da área, tirou a alviceleste do sufoco diante do Irã (1x0), nos acréscimos. Já contra a Nigéria, ele anotou mais duas vezes na vitória por 3x2. 
 
Nos jogos eliminatórios, Messi não fez gol, mas foi decisivo nas oitavas, no dramático triunfo sobre a Suíça. Aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação, Messi arrancou e tocou para Di María fazer o gol da classificação. Contra Bélgica (quartas) e Holanda (sêmis), ele não balançou a rede, mas se movimentou bastante, apesar da forte marcação, sobretudo contra os holandeses. 
 
“Eu me sinto orgulhoso de fazer parte desse plantel. Que fenômenos são todos”, postou o ídolo nas redes sociais. “Que partida fizeram todos. Que loucura. Estamos na final. Vamos aproveitar. Um abraço para toda a Argentina. Falta apenas um passo”, completou Messi no seu Twitter.
O craque, eleito melhor jogador do mundo por quatro anos consecutivos – 2009/2010/2011 e 2012 –, tem se mostrado mais confiante e mais solto com a camisa azul e branca. A cada gol, o jogador tem vibrado bastante, assim como sempre fez em gols históricos e importantes pelo Barcelona. Após a conquista da vaga na final ao superar a Holanda nos pênaltis, Messi foi um dos que mais comemoraram a classificação.
 
Nem de longe lembrou o Messi que fracassou em outros campeonatos, como as Copas de 2006 (era reserva) e 2010, além da Copa América de 2011. De contestado pela própria torcida da Argentina, virou um dos líderes da seleção de 2014. Vale ressaltar que ele é o capitão da equipe. Claro, não deixa de ser uma estratégia para ajudar a “desabrochar” o espírito de liderança do jogador. No domingo, diante da Alemanha, no Maracanã, Messi vai ter a grande oportunidade de se consagrar de vez entre os maiores jogadores de todos os tempos. Campeão de tudo no Barcelona, ele também vai acrescentar a seu currículo, enfim, a taça da Copa do Mundo. 
 
MÍSTICA
 
Caso a Argentina conquiste o tricampeonato domingo, Messi vai entrar para o rol dos grandes camisas 10 que conduziram à equipe rumo ao título. A saga começou em 1978, com Mario Kempes. No ano em que a Argentina sediou a Copa, Kempes foi o artilheiro na campanha do título com seis gols marcados. Dois deles na decisão contra a Holanda, no Monumental de Nuñez, quando os hermanos venceram por 3x1 na prorrogação. 
Oito anos depois, foi a vez de outro camisa 10 desequilibrar, Diego Maradona. O “pibe de oro” anotou cinco gols na Copa de 1986, no México. Dois deles históricos, contra a Inglaterra, nas quartas de final, vencida por 2x1. O primeiro foi batizado pelo próprio Maradona de “mano de Dios” (mão de Deus). Ele disputou a bola aérea com o arqueiro Shilton e levou a melhor ao empurrar com a mão. O segundo é considerado um dos mais bonitos da história das Copas. Maradona arrancou do seu campo defensivo, driblou quatro adversários, o goleiro Shilton e fez o gol que classificou os hermanos à etapa seguinte do Mundial. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário