Internauta denuncia situação de abandono em cemitérios da Região Metropolitana do Recife

Leitor encaminhou fotografias em que mostram mato entre túmulos e caixão aberto

- Geison Macedo, do Portal FolhaPE

 

Paulo Farias/WhatsApp

No cemitério de Ponte dos Carvalhos, caixões abertos são vistos em meio ao matagal

Mato entre túmulos, sujeira e muita lama. Essa é a triste situação de dois cemitérios localizados na Região Metropolitana do Recife (RMR). O internauta Paulo Farias enviou fotos que em mostram o descaso por parte do poder público com os cemitérios de Ponte dos Carvalhos e da Muribeca. No primeiro espaço, além do matagal, o problema é agravado pela presença de caixões abertos e de restos mortais espalhados pela área de uso comum dos frequentadores.

Segundo Paulo, que também é advogado, as imagens foram feitas em visitas recentes aos cemitérios, onde compareceu a duas cerimônias de sepultamentos distintas. Durante a caminhada pelo espaço, no Cabo, o internauta disse ter avistado dezenas de restos mortais e caixões jogados. “Como os cemitérios estão superlotados, aqueles (mortos) que não possuem o terreno são retirados para enterrar outros, e fica lá espalhado”, denuncia.

Paulo Farias/WhatsApp

Na Muribeca, mato cresceu e impossibilita a aproximação das pessoas juntos aos túmulos

O advogado relata ainda que os problemas já se arrastam por um bom tempo. “No Dia de Finados estava horrível. E olhe que na data era de costume dar uma ajeitada no espaço, porque muitas pessoas passam para reverenciar seus mortos, mas nem assim”. disse. Ele denuncia também que a situação de abandono é visualizada em mais dois cemitérios públicos do Cabo. “No Cemitério das Palmeiras, quando você vai a algum sepultamento, sente logo o odor”, informa.

Alguns problemas também foram constatados no cemitério da Muribeca, em Jaboatão. O mato cresceu e tomou conta do espaço, impossibilitando a aproximação das pessoas juntos aos túmulos. “Isso é uma falta de respeito com o cidadão. Quem não respeita os mortos, vai respeitar quem? Não custa nada capinar o local. Muitas vezes o parente chega lá triste, e ainda precisa se deparar com uma situação dessa”, critica Paulo, que compareceu ao sepultamento de um amigo recentemente.

Com base nas denúncias, o Portal FolhaPE procurou as prefeituras de Jaboatão dos Guararapes e do Cabo de Santo Agostinho para saber se algo será feito para mudar a situação dos cemitérios mencionados na matéria. A reportagem tentou contato com Marcone Madruga, secretário executivo de Serviços Urbanos de Jaboatão, Marcone Madruga, mas ele não havia sido localizado até às 17h08. As denúncias e fotos também foram encaminhadas para a Prefeitura do Cabo. A reportagem aguarda uma resposta oficial.

Denúncias com fotos, áudios ou vídeos sobre os problemas na sua comunidade podem ser enviadas para o WhatsApp do Portal FolhaPE (8187-9290).