quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Nova vida »Obeso perde 142 kg mas precisa de nova cirurgiaCorretor chegou a ter 302 quilos e precisou passar por procedimento bariátrico

Publicação: 23/10/2013 07:47 Atualização: 23/10/2013 11:59

Ricardo tem 160 quilos, faz três horas de ginástica por dia e mudou o cardápio. Foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press
Ricardo tem 160 quilos, faz três horas de ginástica por dia e mudou o cardápio. Foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press
Ricardo Braga de Freitas, 46 anos, é corretor de automóveis, mas durante três anos não podia sequer entrar em um. Na verdade, sua única atividade se resumia, na época, a comer, dormir e deixar o quarto em direção ao banheiro de sua casa. Um peso de 302 quilos distribuídos em 1,82 metros de altura lhe impedia de viver uma rotina normal. Ontem, ele fez uma espécie de aniversário de renascimento. Há um ano, começou a dar adeus a 142 quilos em uma cirurgia bariátrica. A conquista é significativa para um homem que precisou da ajuda de 16 bombeiros para deixar sua casa, no dia da operação. Mas ele precisa de mais. Cerca de 35 quilos de pele ainda lhe restam no corpo. E precisam ser retiradas para que ele alcance um corpo mais saudável e próximo, pelo menos, dos 100 quilos.
Hoje, Ricardo tem 160 quilos, faz três horas de ginástica por dia e mudou o cardápio, antes repleto de gordura. Claro, também voltou a dirigir e a fazer atividades caseiras. O que mais surpreende é que a história de Ricardo começou como a de muitas pessoas que hoje são magras. Sem qualquer histórico de obesidade mórbida na família, ele conta que até os 25 anos tinha um corpo considerado normal. “Gostava muito de feijão gorduroso, carregado, além de farinha, arroz e carne. Comia muito e comecei a engordar. Quando vi, estava preso em casa”, lembra. Depois da cirurgia, até o relacionamento com a mulher, com quem é casado há dez anos, melhorou. “Também voltei a trabalhar com os carros”, ressalta.
A cirurgia foi realizada pelo médico Gustavo Menelau e custeada pela direção do hospital Jayme da Fonte. Depois de um ano, o acompanhamento da saúde de Ricardo, que era de dois em dois meses, será semestral. O corretor de automóveis foi submetido a uma técnica chamada capella, cirurgia que liga o estômago ao fim do intestino. Sendo assim, o alimento faz um caminho bem curto dentro do organismo e se o paciente abusa do doce e da gordura, passa mal. Esse tipo de cirurgia é indicado apenas para quem tem um índice de massa corporal acima de 40 ou entre 35 e 40, mas que haja comprometimento da saúde do paciente. No caso de Ricardo, esse índice chegou a 91,17.

No ano passado, pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) realizaram estudo que avalia a magnitude do excesso de peso e fatores associados na população adulta de Pernambuco.

Foram ouvidos 1.580 adultos de ambos os sexos na faixa etária de 25 a 59 anos e as entrevistas apontaram prevalência de excedente de peso de 51,1%, sendo que o baixo peso foi constatado em menos de 3% da população.
fonte diario pe

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