sábado, 24 de agosto de 2013

Preços »Mercado terá imóveis mais baratos e com rápida entregaA promessa é do diretor executivo da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Renato Ventura. "Vamos ter melhores ofertas e preços", promete

Publicação: 24/08/2013 08:48 Atualização:
Renato Ventura espera que as incorporadoras ganhem eficiência - Foto: Daniel Ferreira/CB/D.A Press (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
Renato Ventura espera que as incorporadoras ganhem eficiência - Foto: Daniel Ferreira/CB/D.A Press
Em alguns anos, será possível comprar imóveis na planta por um preço mais baixo que o atual, e também esperar menos para ter as chaves na mão. A expectativa é das próprias empresas, afirma o diretor executivo da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Renato Ventura. “Vamos ter melhores ofertas e preços”, promete. Quem compra um apartamento antes do início das obras costuma esperar cerca de três anos até a entrega das chaves. O prazo pode ser encurtado para um ano e meio, segundo Ventura. Quanto aos preços, ele não arrisca um prognóstico, mas espera que possam ser reduzidos significativamente. “O setor tem muito a avançar”, acredita.

Ventura conta com a melhora da gestão das empresas e ganhos tecnológicos. Em anos recentes, por exemplo, as construtoras passaram a usar menos tijolos em obras e mais paredes prontas, feitas com moldes, algo que era raro no país. Ele espera também que autoridades públicas e cartórios reduzam a burocracia. “Isso é uma demanda não apenas nossa, mas de toda a sociedade”, argumenta o diretor executivo da associação de incorporadoras — empresas que cuidam de todo o processo de produção do imóvel, incluindo a compra do terreno, o projeto, a construção e a venda.

Ele relata que o país tem um deficit de sete milhões de moradias, o que representa um grande potencial de crescimento. Como outros analistas do setor, acredita, porém, em um crescimento moderado nos próximos anos, que não repetirá o boom ocorrido entre 2006 e 2008, quando houve alta anual em torno de 50%. Não foi um caminho isento de percalços. “Houve tropeços nesse crescimento”, reconhece Ventura, a respeito de empresas que apresentaram rentabilidade abaixo do esperado. Após vários processos de fusão, ele acredita que a solidez e a estabilidade estão de volta ao mercado.

Valorização
As expectativas favoráveis em relação ao setor imobiliário impulsionaram o mercado de capitais ontem no Brasil. A BM&F Bovespa fechou no maior patamar dos últimos 11 meses, em 52.197 pontos, após alta de 1,56%, graças, sobretudo, às ações de construtoras e de instituições financeiras. A ação ordinária (com direito a voto) da Rossi Residencial foi a mais valorizada do dia, com alta de 9,5%. Analistas explicam que a valorização da bolsa foi favorecida, ainda, pelo recuo do dólar, depois do anúncio de medidas pelo Banco Central.

Um executivo de uma grande construtora afirma que o momento é favorável para empresas que pretendam se financiar no mercado de capitais. Rio e São Paulo têm se destacado. “O número de lançamentos neste ano tem sido bem maior que o previsto em dezembro”, observa. Segundo esse executivo, a combinação de demanda firme e crédito farto deverá sustentar o crescimento do setor. Mesmo a perspectiva de turbulências no processo de recuperação da economia global não é vista como um problema. “Em situações difíceis, muitas pessoas veem no imóvel um refúgio seguro para seus investimentos”, analisa.

Ventura, da Abrainc, destaca que a perspectiva de queda nos preços de terrenos é vista como positiva. “Para as empresas, isso é um insumo”, argumenta. O segmento de baixa renda se destacou nos anos recentes, graças ao programa Minha Casa Minha Vida. A perspectiva agora é que as vendas cresçam mais nas faixas mais altas de renda.
fonte diario de pernambuco

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