quinta-feira, 3 de abril de 2014

METRÔ

Disparo acidental deixa feridos na Estação Recife

De acordo com a polícia, o tiro foi efetuado por um dos vigilantes que fazia segurança durante operação de carro-forte




Vanessa Araújo   jornal do comercio

 / Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Foto: Diego Nigro/JC Imagem

Atualizada à 0h26 de 03/04/2014
O disparo aparentemente acidental de uma espingarda calibre 12 que estava nas mãos do vigilante Leonardo Ricardo de Santana, 42 anos, da empresa Corpvs, deixou pelo menos seis pessoas feridas por estilhaços na Estação de Metrô do Recife, no bairro de São José, área central da capital. O incidente ocorreu por volta das 17h30 dessa quarta, durante operação de abastecimento dos caixas eletrônicos. Além de cinco pessoas que estavam próximas aos caixas, outro segurança da empresa foi atingido. Houve correria. Três vítimas foram atendidas no Hospital da Restauração (HR), no Derby, nenhuma em estado grave. A Polícia Civil abrirá inquérito para investigar o caso.

O supervisor de produção Carlos Alberto Dantas estava tirando dinheiro do caixa eletrônico quando foi surpreendido pelo barulho do disparo, que atingiu o piso do saguão da estação do metrô. “Enquanto eu estava no caixa, tinha um senhor atrás aguardando a vez e chegaram os dois guardas, que ficaram conversando. De repente, escutei o tiro. Com medo, me afastei e me escondi atrás dos caixas porque achava que era assalto. Foi quando vi que estava sangrando no rosto e no abdômen”, relatou. Após a confusão, Carlos preferiu ir embora e disse que só registraria ocorrência nesta quinta.

Além do supervisor de produção, foram atingidas pelos estilhaços mais cinco pessoas, registradas na ocorrência policial. O vendedor Luís Gomes da Silva, 54, ficou ferido no braço, e a funcionária da Prefeitura do Recife Gilzolene da Silva Amorim, 51, no abdômen. Já o vigilante Anderson Cristiano Curthatuz, 33, Lucas Mendes Santos, 26, e Everaldo de Jesus Argo Lima, 46, foram socorridos por um taxista e levados para o HR. Segundo a assessoria do hospital, os três sofreram ferimentos leves e estão conscientes.

O vigilante cuja arma disparou foi levado para a Central de Plantões da Capital, em Campo Grande, para prestar depoimento. “Ele ficou bastante nervoso e disse que, ao descer da viatura, a arma disparou. Como houve disparo de arma de fogo, o procedimento é conduzir à delegacia”, explicou a sargento de operações do 16º Batalhão de Polícia Militar Iara Gomes. O coordenador de operações da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Murilo Esteves, informou que a empresa irá ceder as imagens das câmeras de segurança para ajudar nas investigações.
INQUÉRITO
Na Central de Plantões, o delegado Geraldo da Costa ouviu depoimentos do vigilante Leonardo Santana, da policial militar e de três vítimas. A arma, que havia sido levada pela empresa, foi transportada para a delegacia, que a encaminhou para perícia no Instituto de Criminalística.

“Inicialmente, trata-se de um disparo acidental, não houve tentativa de homicídio nem lesão corporal dolosa (com intenção criminosa). O procedimento padrão é deixar a arma destravada, mas nenhuma arma dispara sozinha. Ao final do inquérito, ele poderá responder por lesão corporal culposa (sem intenção)”, explicou o delegado. O advogado da Corpvs Wendell Freitas informou que a empresa está prestando assistência ao vigilante.

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